Garimpo ilegal na Amazônia pode provocar apagão no país inteiro

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Os garimpeiros ilegais aproveitam o afrouxamento das leis de proteção ambiental da gestão do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), avançam cada vez mais na Amazônia e ação poderá causar um apagão no Brasil.

O blecaute, o corte ou colapso temporário do suprimento de energia elétrica em uma determinada área geográfica, é mais uma consequência da gestão do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Ricardo Salles, aquele que sugeriu aproveitar a pandemia do novo coronavírus para passar reformas “infralegais”, de “simplificação” e “desregulamentação” de leis ambientais. Na famosa reunião de abril ele chegou a convocar outros ministros para “ir passando a boiada, ir mudando todo o regramento”, enquanto a imprensa estava ocupada tratando do impacto do novo coronavírus no Brasil.

Para os garimpeiros ilegais, a gestão Salles está dando certo. Para o Brasil, pode dar muito errado.

Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo, a rota do crime minerário passa agora embaixo do linhão de 2.076 quilômetros de extensão que distribui a energia da hidrelétrica de Belo Monte, com riscos graves de derrubar suas torres e causar um apagão em todo o país.

A reportagem teve acesso a uma série de denúncias sobre os garimpos que foram feitas nos últimos meses pela concessionária que controla a linha de transmissão, a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), empresa que pertence à chinesa State Grid, em parceria com a Eletrobrás.

Nos documentos, o presidente da concessionária, Chang Zhongjiao, alerta as autoridades sobre o surgimento de diversos garimpos ilegais debaixo da linha, nos municípios de Marabá, Parauapebas, Itupiranga e Curionópolis, todos no Pará, próximos do local de acesso à hidrelétrica que foi erguida no rio Xingu, em Altamira.

“O linhão de Belo Monte” e é um dos projetos mais caros e modernos do mundo na área de transmissão de energia, tendo custado R$ 5 bilhões. Seus 2.076 km de extensão saem do Pará e cruzam Tocantins, Goiás e Minas Gerais, até chegar à fronteira com São Paulo.

 

Fonte: CUT Nacional

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