Pela segunda vez neste ano, bancários e bancárias de Anapu, sudoeste do Pará, são alvos de criminosos. Em menos de 5 meses, mais uma bancária é vitima do crime conhecido como sapatinho, quando a vítima da ação criminosa é funcionário de uma instituição financeira que, sob ameaça, é forçada a retirar valores do banco e entregar ao sequestrador. No início do ano, o gerente do Bradesco e parentes dele foram vítimas da mesma ação criminosa.
E foi exatamente isso que aconteceu com a coordenadora de retaguarda do Banpará na última segunda-feira (14). Ela teve a casa invadida por 4 criminosos durante a madrugada, ela e o marido foram acordados pelos bandidos com armas em punho e, assim que amanheceu, três deles levaram filho e marido da bancária para outro local, enquanto o quarto suspeito esperava a gerente com o dinheiro do banco.
“Imagine o terror que se passava na cabeça da colega ao entrar na agência, sabendo que se mostrasse algo diferente do que faz, marido e filho seriam mortos, como enfatizou a bandidagem, antes de levar sua família como refém, inclusive o filho, menor. Precisou, com certeza, de toda calma que não tinha para evitar mortes. Tão cedo essa violência não sairá da vida dessa família, razão pela qual o Sindicato continuará prestando toda orientação de assistência”, conta a vice-presidenta do Sindicato e bancária do Banpará, Vera Paoloni que conversou com a vítima por telefone.
A polícia só soube do crime após a fuga do bando e a agência foi fechada logo depois.
A diretora de saúde do Sindicato, Heládia Carvalho, também entrou em contato com a bancária para orientá-la quantos aos procedimentos. “A vítima deve procurar um médico para ver como está o estado de saúde físico e mental, e também para o atestado, que irá subsidiar a emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho que é um documento de extrema importância junto ao INSS. A obrigação é do banco em emitir, mas caso o colega não consiga, sempre nos colocamos à disposição para o procedimento”, explica.
“Que bom que temos o Sindicato para nos prestar o apoio necessário nesses momentos”, desabafa a vítima emocionada.
Esse é o segundo assalto a banco consumado neste ano em todo o Pará, além de 3 tentativas. Ano passado foram 14 ocorrências, 9 consumadas e 5 tentativas.
“A pandemia contribuiu para a redução desses crimes, mas nos preocupa que as estatísticas possam voltar a crescer com a flexibilização das restrições de isolamento social. Por isso a necessidade do reforço na segurança bancária em todo o estado, principalmente em períodos de pagamento”, destaca a presidenta da entidade sindical, Tatiana Oliveira.
Fonte: Bancários PA
