O Sindicato dos Bancários do Pará não poderia deixar de manifestar sua solidariedade à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva vítima de misoginia, machismo e sexismo durante sessão em que participava na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27).
A ministra havia sido convidada à Comissão para prestar esclarecimentos sobre estudos para a criação de unidades de conservação marinha na região da Margem Equatorial, no Norte do país, onde há interesses pela exploração de petróleo; mas alguns parlamentares se aproveitaram da sessão para desrespeitá-la, agredi-la verbalmente, tentar silenciá-la (o microfone dela chegou a ser desligado enquanto ela falava) e insultá-la.
Os autores foram os senadores Marcos Rogério (PL-GO), Omar Aziz (PSD-AM) e Plínio Valério (PSDB-AM). Marcos Rogério, não só desligou o microfone da ministra como a ordenou que “se colocasse em seu lugar”. Já Plínio Valério afirmou que “a mulher merece respeito, a ministra, não”.
Infelizmente atitudes como essas não são novidades e se intensificam após o (des) governo de Bolsonaro que agia da mesma forma, por vezes pior, o que não deve jamais ser naturalizado e pormenorizado.
O Sindicato dos Bancários do Pará como representante de uma categoria formada por maioria de mulheres, e que tem pela primeira vez em 91 anos de existência uma diretoria paritária e de mulheres, e uma mulher como a terceira presidenta da entidade; é incansável na luta por equidade de gênero e na defesa das mulheres bancárias em especial.
Marina, e todas as mulheres, merecem respeito onde quer que estejam. A ministra tem uma história de vida e de luta pautada na justiça, equidade e principalmente na defesa do meio ambiente, o que a fez ser reconhecida mundialmente desde quando era companheira de luta do ativista político Chico Mendes.
A ministra Marina Silva merece respeito, retratação pública e responsabilização institucional dos senadores envolvidos.
Sindicato dos Bancários do Pará
