No Dia Nacional de Luta, Sindicato retarda abertura do Itaú em uma hora

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As estatísticas divergem. Enquanto o Itaú lucrou R$ 3,4 bilhões nos três primeiros meses desse ano, cerca de 2.000 bancários foram demitidos no mesmo período, 50 só no Pará, conforme a Pesquisa do Emprego Bancário, elaborada pela Contraf-CUT e Dieese, com dados do Caged.

A maioria dos demitidos são os funcionários mais antigos e com salários mais altos. A remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.430,57 em 2011, enquanto que a dos desligados foi de R$ 4.110,26.

Panfletos para denunciar o desrespeito do Itaú com seus funcionários e clientesPara denunciar o descaso do Itaú com seus trabalhadores, clientes e usuários, o Sindicato dos Bancários do Pará realizou nesta quarta-feira (23) em Belém o Dia Nacional de Luta, com retardamento da abertura da agência matriz em 1h, na capital paraense, além de bandinha e panfletos para a população informando o motivo do protesto.Sandro Mattos durante o protesto  na agência matriz

“Um dos motivos dos lucros exorbitantes do Itaú está justamente na demissão dos bancários, e quem sofre com isso é a população que sofre nas longas filas e ainda é impedida de realizar pequenos serviços nas agências, sendo orientada a buscar os correspondentes bancários. Outra política de redução de custos está no pouco investimento em segurança nas agências que estão sendo inauguradas sem porta giratória com detectores de metais nas cidades onde não existe lei municipal obrigando a instalação desse equipamento”, afirma o diretor do Sindicato e também funcionário do Itaú, Sandro Mattos.

Um levantamento feito pelo Dieese revelou que o Itaú gastou R$ 482 milhões com despesas de segurança e vigilância em 2011, o que representa somente 3,30% em relação ao lucro de R$ 14,620 bilhões no ano passado.

Para Márcio Saldanha Itaú tem que respeitar seus funcionários e clientesMas se por um lado há redução de custos, por outro o Itaú vem gastando milhões de reais na campanha de marketing “Vamos jogar bola”. “As propagandas de divulgação dos bancos são sempre bonitas e bem elaboradas; mas omitem a realidade do dia a dia dos funcionários que sofrem com as metas abusivas, as péssimas condições de trabalho, além da falta de segurança. É necessário que o Banco pare de demitir e que invista mais naqueles que contribuem para os resultados positivos que a empresa alcança”, denuncia o diretor de bancos privados do Sindicato, Márcio Saldanha.

 

 

Fonte: Bancários PA

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