A retomada do GT Saúde do Banco da Amazônia (Basa) aconteceu na manhã desta quarta-feira (23), em formato virtual, entre Comissão de Negociação do banco e entidades sindicais.
A priori, o encontro seria para o banco apresentar manifestação sobre a proposta das entidades de revisão e melhorias das faixas de reembolso do programa Saúde Amazônia, encaminhada no mês de janeiro e reiterada na respectiva reunião; mas a pauta mudou e a Casf Saúde virou prioridade do GT, em caráter emergencial, desde que o Basa comunicou sobre a não renovação do contrato com a Casf Corretora.
“É a Casf Corretora, através do seu patrocínio à Casf Saúde que tem garantido o plano de saúde do funcionalismo do Basa, e sem reajuste na mensalidade por dois 2 anos, ainda com aporte de quinhentos reais para redução da mensalidade de cada titular; é a saúde de mais de 7 mil pessoas, entre empregados da ativa e aposentados, bem como de seus dependentes que estão em jogo e precisa ser priorizada”, destaca o coordenador da COE Basa e diretor do Sindicato, Cristiano Moreno.
A Casf Saúde foi o principal tema do GT Saúde na manhã de hoje após envio de ofício, nesta terça-feira (22), com o pedido da reunião.
“Assim como no documento, reafirmamos no encontro que caso o banco insista em terminar o contrato, que apresente, antes desse término, o retorno do patrocínio à saúde dos seus trabalhadores, da ativa e aposentados, pois o banco, enquanto empregador, é o responsável legal pela saúde do seu funcionalismo”, afirma a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.
No ofício, o Sindicato elenca 8 considerações relevantes em defesa da manutenção da Casf Saúde:
. Considerando o não patrocínio da saúde dos empregados pelo BASA, tornando o único banco federal a não o fazer;
. Considerando que, de todos os bancos públicos, o BASA é o que realiza o menor reembolso de recursos investidos na saúde dos empregados;
. Considerando o expressivo número de empregados e aposentados sem nenhum financiamento de investimentos de saúde pelo BASA;
. Considerando o excelente desempenho da CASF Corretora, que em um período curto de tempo, vem acrescentando recursos ao BASA, aumentando, desde 2021, esses recursos em 5 vezes, sendo que no último exercício financeiro de 2024, aportou mais de trinta e seis milhões de reais, distribuídos em várias formas de remuneração;
. Considerando o patrocínio da CASF Corretora à CASF Saúde, caixa de assistência de saúde dos empregados abandonada pelo BASA, que permitiu o retorno de beneficiários, o congelamento de suas mensalidades por 2 anos, o suplemento de quinhentos reais para cada titular do plano, reduzindo os gastos com saúde, pelo BASA, em cinco milhões;
. Considerando o fato da CASF Saúde ser a assistência de saúde de mais de 2/3 dos empregados e aposentados do BASA;
. Considerando que, mantendo a tendência do efeito do patrocínio da CASF Corretora, ocorrerá uma redução drástica nas provisões para os gastos com saúde do próprio BASA, provisão essa de centenas de milhões de reais; e
. Considerando que o motivo para rescindir o contrato alegado pelo banco, por tratar-se de simples denúncia, não reúne elementos suficientes para tal.
A reunião terminou sem o Banco da Amazônia apresentar manifestação sobre a proposta das entidades para o programa Saúde Amazônia; e com as entidades solicitando uma reunião, em caráter de urgência, dessa vez com a presidência do banco, para tratar sobre a manutenção da Casf Corretora que patrocina a Casf Saúde.
Fonte: Bancários PA