Primeira rodada de negociações com o Banpará tem poucos avanços

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Poucos avanços na primeira mesa permanente com o Banpará em 2012O Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT, Fetec-CUT/CN e Afbepa reuniram com o Banpará na última sexta-feira, 9 de março, para a primeira mesa de negociação permanente com o Banco. Participaram da reunião a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim – que na ocasião representou a Contraf-CUT; o vice-presidente do Sindicato e da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade; a diretora da Fetec-CUT/CN, Vera Paoloni e a assessora da Afbepa, Ghyslaine Cunha.

O Banco esteve representado pela diretora de Administração, Márcia Maués, o assessor da DIRAD, Edvaldo Caribé, e pela assessora do presidente, Thaís Profeti.

“Ainda que tenhamos participando de uma reunião com cerca de três horas de duração, tivemos poucos avanços nessa primeira mesa permanente com o Banpará. O fato é que as entidades reafirmaram que o Banco tem obrigação de garantir os direitos do funcionalismo que constam no Acordo Coletivo 2011/2012, além de garantir as condições de trabalho, fazendo a contratação de mais bancários e o pagamento das horas extras. Estaremos atentos a qualquer irregularidade para atuarmos em defesa da categoria”, afirma Rosalina Amorim.

Leia abaixo os pontos discutidos nesse primeiro encontro:

Rosalina Amorim cobrou do Banpará o cumprimento do ACT 2011-2012Ponto eletrônico – As entidades sindicais reivindicaram que o ponto eletrônico seja instalado em todas as unidades, conforme consta no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Para as entidades, a instalação deve começar nas agências e postos da capital e interior do Pará. Afinal, são esses os locais mais problemáticos, inclusive com extrapolação da jornada de trabalho, muitas vezes sem o devido pagamento das horas extras.

A diretoria administrativa informou que, o ponto eletrônico não será implantado em todas as unidades do Banco até 31 de maio de 2012, será implantado apenas no edifício-sede da matriz e em algumas agências. O número de agências e quais são elas não foram informadas.

As entidades cobraram do Banco a instalação do Ponto Eletrônico dentro do prazo previsto, pois esse ponto já vem de acordos anteriores, o que obriga o Banpará a garantir o direito dos trabalhadores.  

GT/PCS e Plano Odontológico  Após a eleição, os trabalhos do Grupo de Trabalho do PCS serão retomados ainda neste mês.

Pelo ACT, o prazo de 120 dias para efetivação dos debates terminaria agora em março, porém as entidades solicitaram prorrogação do prazo até o mês de julho.

O Banco concordou, mas solicitou que o prazo de implantação do plano odontológico fosse prorrogado até maio. De acordo com a diretora administrativa, Márcia Maués, a demora na implantação do plano deve-se a problemas técnicos na formulação do Termo de Referência. Por esse motivo, o documento precisou ser adequado ao mercado local, com a exigência às empresas que possam cobrir todo o território paraense na prestação do serviço. As entidades concordaram com o adiamento. 

Aumento de todas as comissões – A DIRAD informou que o estudo sai caro e já foi concluído, porém o documento não será enviado às entidades.

O estudo faz parte de uma ação reclamatória na Justiça do Trabalho movida pelo Sindicato. A ação vai a julgamento no dia 26 de abril. Os demais pontos do processo são: comissão dos tesoureiros retroativa a setembro/2011, piso salarial para todos os níveis e reflexos na tabela de PCS.

Horas extras não pagas nas agências – Segundo denúncias, bancários e bancárias continuam trabalhando de graça em postos e agências da capital e do interior, além disso, em uma determinada agência, a folha de ponto foi rasgada e os colegas foram obrigados a assinar outra folha sem o registro das horas extras.

A diretoria administrativa disse desconhecer as acusações, e que a determinação direta e formal do presidente do Banco é de pagar todas as horas efetivamente trabalhadas, mas que vai investigar a denúncia e dar um retorno às entidades.

Corte de despesas – O programa de corte de despesas está causando muitos problemas nos postos e agências, que vai desde a suspensão da refeição em período de pagamento de governo até a redução no número de vigilantes. 

Contratação de mais bancários por concurso público – As entidades cobraram da direção do Banpará a contratação de mais bancários e bancárias e a abertura de novo processo de concurso, para dessa forma regularizar a falta de funcionários nas agências, o que provoca sobrecarga de trabalho, adoecimento e um grau elevado estresse nos trabalhadores.

Em relação à abertura de um concurso público, que seria uma das soluções para o problema, a diretoria informou que o edital, para preenchimento de vagas estabelecidas e para cadastro de reserva, será lançado ainda neste mês de março.

Sobreaviso – De acordo com as entidades, ainda há irregularidades quanto ao sobreaviso, especialmente no que diz respeito à situação de insegurança a qual os funcionários que guardam as chaves do Banco ficam expostos; além do não pagamento das horas extras efetivamente trabalhadas, quando há o deslocamento do funcionário para outra unidade.

O Banco, através da assessora do presidente, Thaís Profeti, sugeriu que as soluções referentes ao sobreaviso sejam construídas no Comitê de Segurança. O Banpará também se comprometeu a atender os requerimentos de pagamentos de horas extras quando forem solicitadas pelos funcionários que se deslocarem ao local de trabalho, durante o sobreaviso. 

Cobrança irrazoável de valores dos funcionários – As entidades apresentaram à DIRAD pedido de reconsideração quanto a algumas decisões do Comitê Disciplinar que estão penalizando alguns funcionários, de forma irrazoável. De acordo com a associação, valores inadmissíveis tanto pela soma vultosa, quanto pelos motivos injustos, estão sendo cobrados. Para as entidades, o risco do negócio é do Banco e não dos bancários.

A DIRAD sugeriu que esses bancários busquem por seus direitos, uma vez que a direção do Banco não pode descumprir normativos.

GD – As entidades pediram informações sobre o Programa de Gestão de Desempenho (GD) que está sendo implantado no Banco, bem como a possibilidade de acompanharem a equipe que monitora o GD. A DIRAD não aceitou a participação das entidades no GD, mas sugeriu que o assunto fosse debatido no GT/PCS. Porém as entidades não aceitam a sugestão para não misturar assuntos referentes ao PCS com o plano de metas do Banco.

Nova reunião

Uma nova rodada de negociações deve acontecer no mês de abril, com data ainda a ser definida.

 

Fonte: Bancários PA

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