Saúde Caixa é tema de roda de conversa no Edifício Sede da Caixa em Belém

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Ora manifestação, ora roda de conversa, ambos com a mesma temática e local: Saúde Caixa no Edifício Sede da Caixa em Belém. Dessa vez, no final da tarde de ontem (9), com a presença da coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e do Grupo de Trabalho/GT do Saúde Caixa, Fabiana Proscholdt, que veio à capital paraense falar sobre a importância do plano de saúde.

“Eu gosto muito de repetir em todo lugar que eu falo que a Caixa é fundamental para o nosso país, enquanto o nosso país for desigual, empresas como a Caixa são necessárias, porque nós, todos os dias, diminuímos a desigualdade aqui, das pessoas. Então, o Brasil precisa da Caixa e a Caixa precisa de nós empregados, valorizados e com saúde. Plano autogestionado não é para ter lucro, é para termos atendimento quando precisarmos e onde estivermos”, destaca Fabiana Proscholdt.

Resta pouco mais de um mês para a validade do acordo do plano de saúde e até final do ano, as entidades e o banco precisam assinar um novo aditivo, mas são necessários avanços e o principal deles é em relação ao teto de 6,5%.

“Precisamos derrubar o teto, mexendo no estatuto; e manter a proporção 70/ 30; mas para que nossa reivindicação tenha força nas mesas de negociação; a mobilização começa por cada bancária e bancário usuários do plano; portanto, é importante a participação massiva nos atos, nas rodas de conversas como a de hoje, nas reuniões presenciais e virtuais; pois o prazo é curto”, afirma a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, que também é bancária da Caixa e associada da Apcef/PA.

A roda de diálogo foi organizada pela Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Pará (Apcef/PA), com o apoio da Fenae, um dia antes da próxima reunião de negociação sobre o plano de saúde. Os debates estavam estagnados, mas foram destravados na quarta-feira (1º/11), em reunião ocorrida com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, após as mobilizações do dia de luta em defesa do Saúde Caixa, realizadas por todo o país no mês de outubro.

Avanços

Na mesa, na busca para solucionar o déficit projetado para 2023 com a utilização das reservas técnicas e de contingência, a Caixa se recusou a assumir todas as despesas administrativas, conforme reivindicado pelos representantes dos empregados. Alegou, para isso, impedimento devido a restrições estatutárias. Em resposta, o banco assumiu o compromisso de assumir todas as despesas de pessoal, retroagindo a 2021.

Outro importante avanço conquistado na reunião foi o compromisso da Caixa em repassar com periodicidade de seis meses as informações financeiras e atuariais do plano, para que os empregados e suas entidades representativas possam realizar um acompanhamento mais permanente. “Com isso, as negociações sinalizaram positivamente sobre o futuro do plano para 2024”, destacou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. A dirigente, inclusive, ressaltou a importância dos avanços conquistados.

Durante a negociação, os representantes dos empregados pontuaram que o processo de fechamento do acordo específico passa por medidas que não comprometam a renda dos beneficiários e tampouco torne inviável o uso do Saúde Caixa para todos. Para a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Proscholdt, a solução de equilíbrio para 2024 não pode culminar em comprometer a renda dos titulares. “Nosso debate passa prioritariamente pela viabilidade do plano para todos e, mas também mais qualidade e acesso”, reitera.

Para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio, os representantes do banco apresentaram diversas simulações, enquanto a representação dos empregados solicitou outras e mais condizentes com a mobilização nacional pela existência do Saúde Caixa sustentável e financeiramente viável para todos os trabalhadores do banco.

Houve a sinalização também para, a partir do próximo ano, ser debatida a revisão do chamado Estatuto das Estatais. A representação dos trabalhadores considera fundamental, para o processo de reconstrução democrática do Brasil, o debate sobre a importância do patrimônio público e de seu papel estratégico para o desenvolvimento e a soberania nacional.

Novas negociações

É fundamental que os trabalhadores fiquem atentos e mobilizados até que seja renovado o ACT sobre o Saúde Caixa, cuja vigência vai até o fim de dezembro deste ano. Nova reunião foi agendada para quinta-feira da próxima semana, dia 16 de novembro.

 

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Fonte: Bancários PA com Fenae

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