No início da noite de ontem, através de e-mail, o Banco da Amazônia convocou às pressas o Sindicato dos Bancários do Pará, a Contraf-CUT e a Fetec Centro Norte para uma “rodada de negociação” na manhã desta quinta-feira (20), terceiro dia da greve nacional da categoria. Porém, não houve negociação alguma, já que o banco não apresentou nenhuma proposta.
O banco voltou a reafirmar que somente poderá seguir os 6% de reajuste oferecido até agora pela FENABAN, alegando um impacto de R$ 21 milhões na sua folha, e não apresentou contraproposta para nenhuma questão específica como PCCS, Fim das terceirizações, Plano de Saúde e Odontológico, Acesso às funções comissionadas pelo pessoal do Quadro de Apoio, Isonomia de função entre supervisor de matriz e agência, Promoção automática para os TC’s, entre outras reivindicações dos trabalhadores.
Bancários indignados
As entidades sindicais criticaram a postura do banco. Primeiro, pelo desrespeito com as representações dos trabalhadores por ter suspendido a rodada previamente agendada para o dia 10 de setembro e por mais uma vez convocar uma reunião repentinamente, da noite para o dia, impossibilitando a presença da Contraf-CUT na mesa e demais sindicatos que tem empregados do Banco da Amazônia em sua base territorial. Por sorte, o secretário de relações de trabalho da Contraf-CUT, Adilson Barros estava em Belém por ter acompanhado a mesa com o Banpará na quarta-feira (13) e garantiu a participação da Confederação na reunião de hoje.
Segundo, pelo desinteresse do banco em negociar seriamente com a categoria, principalmente ao afirmar que ainda não concluiu as análises das cláusulas sociais da minuta específica que foi entregue ao banco no dia 24 de agosto.
Porém, as entidades reafirmaram total disposição em negociar com o Banco da Amazônia e cobraram a apresentação, e com antecedência, de uma data para realização de uma mesa de negociação onde seja apresentada, efetivamente, uma proposta global para as reivindicações da categoria expressas na minuta.
GREVE continua
Diante do desrespeito, da intransigência e da falta de proposta do banco, a orientação das entidades sindicais é pelo fortalecimento da greve por tempo indeterminado no Banco da Amazônia em todo país.
“O que tivemos hoje não foi rodada de negociação, foi simplesmente uma reunião com o banco que voltou a nos reapresentar uma proposta que já foi rejeitada em assembleia pelos trabalhadores e trabalhadoras do Banco da Amazônia. Enquanto o banco não negociar seriamente e não apresentar uma proposta que atenda aos interesses de seus empregados, a greve continua por tempo indeterminado”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.
“Nosso entendimento é que essa reunião de hoje serviu apenas para o Banco da Amazônia fugir das criticas quanto a sua intransigência em não querer negociar, mas é o que de fato está acontecendo. Exigimos que o banco respeite e trate com seriedade esse espaço de negociação com trabalhadores e que nos apresente uma resposta convincente para as nossas reivindicações”, ressalta o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Fonte: Bancários PA
