Sindicato cobra esclarecimentos do Basa sobre práticas antissindicais

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Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Pará foram proibidos de circular na matriz do Banco da Amazônia para realizar trabalho sindical de base

O Banco da Amazônia começou a semana com mais uma ação contra os direitos dos trabalhadores. Na manhã desta segunda-feira 04, após a assembleia dos empregados que encerrou a greve do Quadro de Apoio contra as demissões em massa no banco, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Pará que participaram da atividade pediram autorização para subir aos departamentos do edifício sede do Basa para esclarecer aos empregados sobre o final da greve do QA e sobre a Campanha Nacional em curso. Porém, foram impedidos na portaria.

A alegação do banco é que dirigentes empregados do Basa poderiam subir. Já para os dirigentes sindicais empregados de outros bancos, seria necessário um prazo de 2 dias. Detalhe: isso nunca aconteceu!

O argumento do banco diverge da legislação que regula o livre exercício das atividades sindicais, constitucionalmente asseguradas no art. 8º, da Carta Magna, na Convenção nº 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 18/11/1952, bem como na Cláusula 46ª do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020-2022.

Diante desse fato, o Sindicato protocolou ofício para cobrar esclarecimentos do Banco da Amazônia sobre a flagrante prática antissindical.

“Além desta conduta violar o livre exercício das atividades sindicais e se caracterizar como prática antissindical, esta exigência de antecedência mínima não está prevista nos instrumentos jurídicos que regem a atividade sindical em nosso país, nunca houve esta exigência na relação entre nosso Sindicato e o Banco, a qual, aliás, costumava ser bastante harmoniosa. Queremos respostas claras sobre essa atitude inaceitável e vamos lutar para que fatos como este não se repitam no Basa”, afirma o secretário-geral do Sindicato e coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

“Manifestamos imediatamente ao Banco da Amazônia, através de ofício, nosso total repúdio à conduta antissindical praticada, e registramos que o Sindicato dos Bancários não tolera e jamais irá tolerar afrontas e violações ao regular, legítimo e constitucional exercício de suas liberdades e atividades sindicais e associativas. Solicitamos que o Banco apresente, até o final do dia, manifestação acerca da prática relatada”, destaca a presidenta em exercício do Sindicato, Vera Paoloni.

 

Fonte: Bancários PA

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