Sindicato cobra pagamento da 2ª parcela da PLR do Banco da Amazônia

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Na próxima sexta-feira (27), o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN reúnem-se com o Banco da Amazônia para a terceira rodada de negociação permanente, mas com alguns pontos, de extrema importância para o funcionalismo, ainda pendentes.

Para ratificar essas pendências e também cobrar o pagamento da 2ª parcela da PLR 2011, o Sindicato encaminhou ontem (11) dois ofícios à presidência do Banco.

Clique aqui e confira os documentos na íntegra

No encontro do dia 6 de março entre as entidades e o Banco da Amazônia, a PLR foi um dos assuntos debatidos. Na época, quando questionado sobre o pagamento da 2ª parcela da PLR que poderia vir menor que os do exercício anterior, e também sobre a publicação do balanço referente a 2011, o Banco respondeu que a publicação sairia em poucos dias, e que as informações solicitadas pelas entidades estariam oficialmente publicadas nesse documento.

Uma semana depois, no dia 13 de março, o Balanço Financeiro foi publicado. O Banco da Amazônia lucrou 78,6 milhões em 2011, desse total 6,28 milhões seriam destinados para o pagamento da PLR.

“Porém o Acórdão de 12 de dezembro de 2011 fixa PLR em 9,25% do lucro, ou seja, o valor total da PLR deveria ser de 7,27 milhões e não o que foi divulgado pelo Banco. Por isso, reiteramos mais uma vez que o Banco da Amazônia cumpra com os percentuais previstos no Acórdão e informe ao funcionalismo quando eles vão receber de fato o pagamento da 2ª parcela da PLR, que é uma das conquistas após os 77 dias de greve e mobilizações em frente à matriz”, cobra a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“Na terceira rodada de negociação permanente a categoria espera respostas concretas por parte do Banco acerca dos pontos considerados importantes e que afetam diretamente os trabalhadores e trabalhadoras. Insistimos que é importante manter o debate e a continuidade do processo, mas deve haver um compromisso por parte do banco em tornar efetivo o resultado das reuniões”, destaca o vice-presidente do Sindicato e também funcionário do Banco, Sérgio Trindade.

Confira abaixo os pontos pendentes da última negociação:

Pagamento de horas extras – As entidades reivindicaram o fim do trabalho gratuito dentro do Banco da Amazônia, com o pagamento de todas as horas extras. O Banco ficou de averiguar e dar um retorno.

Plano de saúde CASF – As entidades ressaltaram que esse assunto é latente na categoria e que foi um ponto relevante na Campanha Nacional 2011 e para isso sugeriram a formação de um Grupo de Trabalho para tratar especificamente essa questão.

Sobre o tema, o Banco disse estar em um processo interno de levantamento da situação e de apuração dos impactos financeiros para então se manifestar a respeito, mas que acolhe a proposição das entidades para uma resposta posterior; mas até o momento não se manifestou.

Terceirização – As entidades ressaltaram que o Banco da Amazônia está sendo questionado judicialmente pelo Sindicato por estar descumprindo a determinação do TCU que estabelece a adequação entre o número de empregados e de serviços prestados por terceiros; e que no caso do Banco existe uma situação evidente de descumprimento que ocorre na área de Tecnologia da Informação.

PCCS – Da mesma forma que a questão do plano de saúde, as entidades solicitaram a retormada da discussão no GT para que se avance em uma construção de um projeto que leve em consideração o acúmulo das informações e experiências conhecidas, das sugestões apresentadas pelos bancários.

Diferença do valor de comissão do supervisor de agência e matriz – As entidades se manifestaram a respeito por receberem diversas reclamações de empregados das agências que percebem valores na comissão inferiores aos valores da comissão dos supervisores que trabalham na matriz, ainda que desempenhem funções semelhantes.

O Banco acatou a proposta e ficou de se posicionar posteriormente.

Administrativo e Operacional dos cash nas agências e PABs – As entidades solicitaram ao Banco esclarecimento a respeito da funcionalidade operacional dos entendimentos de manutenção dos cash das agências e postos do banco. O Sindicato tem informação dos bancários de que o registro para o atendimento só pode ocorrer com a intervenção direta do empregado da unidade, e que a outra visão seria que esse monitoramento deveria ser centralizado pela administração da matriz.

O Banco ficou de verificar a situação e se manifestar posteriormente.

Comissionamento do pessoal do quadro de apoio nas agências – O assunto é recorrente. As entidades denunciam que os empregados do quadro de apoio lotados em agências desempenham atividades operativas como qualquer bancário, mas são impedidos de exercerem funções comissionadas. As entidades reivindicam o pleno exercício da isonomia de direitos por exercerem função de comissão.

O Banco também dará retorno sobre o tema na próxima reunião.

Programa de metas – As entidades colocaram a questão de que o Banco apresentou no dia 5 de março a todos os empregados um Programa de Metas e Produtividade, o qual privilegia o aumento da carteira comercial em relação à carteira de fomento e se contrapõe a finalidade primordial do Banco da Amazônia.

O Banco respondeu que não confirma essa informação, e que pelo contrário, o investimento maior é na concessão de crédito de fomento da proporção de 20% para os grandes projetos e 80% para os demais.

As entidades solicitaram então uma apresentação sobre esse Programa. O Banco ficou de responder a solicitação posteriormente.

Programa de promoção – As entidades informaram ao Banco que o atual sistema de avaliação de desempenho não está de acordo com a regra definida no PCCS de 94 e solicitaram que o banco corrija o sistema, pois vários empregados estão sendo prejudicados.

Atualizada às 13h18 do dia 18 de abril

Fonte: Bancários PA

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