No dia em que bancários e bancárias do Banpará se preparam para assembleia virtual para deliberação da proposta de novo Acordo Coletivo de Trabalho, o restante da categoria em todo o Brasil vai para as redes e para as ruas cobrar proposta geral decente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
“Já são mais de dois meses que os banqueiros receberam a minuta de reivindicações da categoria e proposta concreta que é bom, nada. Nas últimas semanas, as mesas de negociação estão sendo intensificadas, já que o acordo vence dia 31 desse mês. Entidades, bancárias e bancários querem saber, o que a Fenaban está esperando para apresentar uma proposta decente?”, destaca a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, que está acompanhando de perto todas as negociações com a Federação.
Na mesa desta quinta-feira (18), a 11ª rodada de negociação da Campanha dos Bancários 2022, a Fenaban frustrou mais uma vez os trabalhadores ao não apresentar uma proposta global e nem respostas para as reivindicações econômicas da categoria, que quer aumento real, maior participação nos lucros (PLR) e reajustes maiores no VA e VR.
O Comando Nacional dos Bancários reforçou, durante a negociação, que a categoria está ansiosa por respostas para as reivindicações econômicas, e que com o fim da ultratividade – princípio que mantinha a validade de um acordo trabalhista até que outro fosse assinado – essas respostas se tornam ainda mais urgentes, uma vez que a CCT da categoria tem validade até 31 de agosto.
“Queremos respeito e valorização na prática! Foram e são os bancários e bancárias, também linha de frente, que ajudaram a gerar lucros até na pandemia!”, lembra a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.
‘Tá’ calor!
Em Belém, o Dia Nacional de Luta para cobrar da Fenaban a entrega da proposta geral foi em frente à agência Ver-o-Peso da Caixa Econômica Federal. O local também foi escolhido porque o Sindicato recebeu, ontem (18), denúncia de que a central de ar não estaria refrigerando a unidade.
“Bancários, bancárias, clientes e usuários estariam em condições insalubres de muito calor que ficava pior conforme o avançar da hora ao longo dia. Vale ressaltar que estamos em pleno verão amazônico e seja em ambiente aberto, e principalmente fechado, o calor é de rachar. E ontem e hoje viemos constatar de perto o problema, conversar com o gestor da unidade e pedir que seja feita urgente uma checagem no funcionamento de cada central de ar da agência Ver-o-Peso”, explica a diretora do Sindicato e bancária da Caixa, Cristiane Aleixo.
Durante a visita das dirigentes in loco, técnicos de uma empresa de refrigeração faziam a verificação da temperatura. Estudos comprovam que temperaturas muito altas ou muito baixas podem atrapalhar a produtividade, tirar a concentração e fazer mal à saúde. Além disso, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), existe uma temperatura considerada perfeita para espaços fechados e ela pode variar de 23°C a 26°C. Por outro lado, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), separa a temperatura ideal por estações e indica de 23ºC a 26ºC para o verão e 20ºC a 23ºC para o inverno.
Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT e Blog Frigelar
