Bancários foram às ruas e fortaleceram a luta popular contra a reforma administrativa e o aprofundamento da reforma trabalhista
A manhã desta quarta-feira, 18 de agosto, foi de protestos da classe trabalhadora de Belém do Pará contra os novos ataques do Governo Bolsonaro aos seus direitos, com a Proposta de Emenda Constitucional nº 32, a chamada Reforma Administrativa; e a Medida Provisória 1045, que aprofunda a reforma trabalhista iniciada no golpe de 2016 com Michel Temer. A concentração do ato público foi no Mercado de São Brás, que seguiu em caminhada até a sede da Receita Federal e da superintendência da Caixa, na Av. José Malcher com Av. José Bonifácio, em São Brás.
Centenas de trabalhadores e trabalhadoras, lideranças da CUT e demais centrais sindicais, sindicatos de diversos serviços públicos, estudantes, dentre outros movimentos sociais participaram da manifestação. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, a chamada Reforma Administrativa, acaba com a estabilidade do servidor público e, também, dos trabalhadores das empresas públicas, incluindo os bancos. Tem sérios impactos na vida de toda a população e afeta qualquer retomada de desenvolvimento econômico.
Já a MP 1045, que teve seu texto aprovado na Câmara e agora segue para análise no Senado, diz que categorias com jornadas especiais (menores que oito horas), como é o caso dos bancários, podem ter a jornada estendida para oito horas mediante acordo individual ou acordo coletivo, fixando em 20% o adicional pelas horas extras que passam a compor a jornada normal de trabalho (sétima e oitava horas). Hoje, a legislação determina que a hora extra seja paga com adicional de 50% (segunda a sábado) e 100% (domingos ou feriados).
“Não podemos permitir que, em plena pandemia, o Brasil entregue suas empresas públicas para gerar mais lucros para a iniciativa privada e prejudique ainda mais o acesso do povo a serviços estratégicos para nossa soberania nacional. Não podemos aceitar a privatização da Eletrobras, dos Correios, da Caixa, nem tão pouco a destruição dos nossos direitos trabalhistas com essa reforma administrativa e com o aprofundamento da reforma trabalhista. Precisamos unir o povo brasileiro para derrotar não apenas essas propostas de emendas constitucionais, mas principalmente esse governo genocida de Bolsonaro, que é inimigo do povo brasileiro”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.
Fonte: Bancários PA