Vacina já: Sindicato visita agências bancárias para informar sobre a mobilização da entidade

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Após uma semana de intensa mobilização do Sindicato, junto aos parlamentares e Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), em busca da inclusão da categoria bancária como prioridade no calendário de vacinação contra a Covid-19, ontem (6) foi dia de os dirigentes sindicais visitarem algumas agências bancárias da capital para atualizar os bancários e bancárias sobre tais ações e a importância de todos os trabalhadores e trabalhadoras usarem as redes sociais para fortalecer esse movimento.

“Como não podemos aglomerar em manifestações presenciais, pedimos que cada bancário e bancária sigam nossas redes não só para se manterem informados, mas principalmente para compartilharem essa luta que não é exclusiva do Sindicato, e sim de toda a categoria. Durante essas duas semanas de lockdown em Belém e Região Metropolitana fizemos contato com parlamentares que têm empatia com a classe trabalhadora. Expusemos sobre a necessidade, em caráter de urgência, da inclusão da categoria no calendário de vacinação pela essencialidade do serviço que prestam diariamente à população, o que deixa nossos colegas mais expostos à infecção ou reinfecção”, explica a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

Tatiana e a diretora de bancos federais que também é bancária da Caixa, Cristiane Aleixo visitaram as agências de bancos públicos e privados da Av. Pedro Miranda.

Na semana passada, a presidenta do Sindicato esteve no Banpará da Pedreira, São Brás e Nazaré junto com a diretora que é bancária do Banco do Estado, Érica Fabíola, para acompanhar de perto a exposição e o risco de infecção ou reinfecção que a categoria sofre diariamente para atender centenas de clientes e usuários que madrugam e se aglomeram nas filas em busca do auxílio emergencial estadual Renda Pará. Com relato de cerca de mil atendimentos em cada agência.

“Aqueles que fazem parte do grupo de risco conseguimos isolar graças às reuniões permanentes com os bancos em nível local e nacional, mas tem uma grande maioria na linha de frente no atendimento, que não pode fazer home office pela tipo de função que exerce, e portanto, precisa dessa proteção para continuar atendendo a população e assim também proteger familiares, clientes e usuários”, explica Érica Fabíola, que nesta terça-feira visitou a agência do Banpará da Av. Presidente Vargas.

As dirigentes gravaram vídeos para mostrar a situação, além de depoimentos de clientes e usuários.

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Em Santarém, no oeste do estado, os informes das ações do Sindicato em busca da vacina e reforço nas medidas de prevenção nas agências bancárias contra a Covid-19 foram repassados pela dirigente e bancária do BB, Rafaela Carletto, aos bancários do Banco do Brasil e Banpará.

“No Banpará a média de atendimento diário é de 700 pessoas, que formam uma fila que ocupa quase quatro quarteirões. Entendemos a necessidade desse benefício para essas pessoas, mas a categoria que está nessa linha de frente não pode ser esquecida e não colocada como prioridade no calendário de vacinação. Sem os bancários e bancárias esse atendimento não seria possível, eis aí a essencialidade da nossa categoria”, defende.

No Banco do Brasil, a dirigente também comunicou ao funcionalismo que na semana passada, o Banco do Brasil autorizou compras de acrílicos para mesas de atendimento e para caixas. “Enquanto a medida mais eficaz contra o vírus que é a vacina não chega pra todos e todas, seguimos também em busca de todas as outras medidas de prevenção viáveis, como as barreiras de acrílico”, comenta Rafaela Carletto.

Nesta terça-feira também, o Sindicato encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde reforçando o pedido, já feito anteriormente à Prefeitura, de inclusão da categoria como prioridade na vacinação.

Novas emendas à MP 1039/2021 reforçam pedido das entidades

A Medida Provisória 1039/2021 é a que estabelece a retomada do Auxílio Emergencial, e na semana passada, alguns deputados federais protocolaram, na Câmara, o pedido de inclusão dos bancários na lista de prioridades para vacinação contra a Covid-19.

A Emenda nº 67, assinada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB/SP), destaca que os empregados da Caixa estão na linha de frente no atendimento dos serviços essenciais e a vacinação prioritária destes trabalhadores vai proporcionar à população o recebimento das novas parcelas do auxílio emergencial “de forma segura e organizada”.

Segundo o deputado Christino Áureo (PP/RJ), autor da emenda nº 93, o pedido leva em consideração não só a saúde dos bancários, mas de toda a população que precisa de atendimento presencial nos bancos. “A vacinação da categoria bancária contribuiria para a redução da circulação do vírus em um ambiente com grande circulação de pessoas, tendo em vista que a execução das políticas públicas de caráter social passa, invariavelmente, pelo atendimento bancário”.

As Medidas Provisórias são normas com força de lei, editadas pelo Presidente da República em situações de relevância e urgência. Apesar de produzir efeitos jurídicos imediatos, a Medida Provisória precisa da posterior apreciação pelas Casas do Congresso Nacional (Câmara e Senado) para se converter definitivamente em lei ordinária.

Câmara aprova texto-base de projeto que amplia categorias prioritárias na vacinação, mas não inclui bancários

Também na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Projeto de Lei 1011/20, que estabelece prioridade para 16 grupos dentro do plano de vacinação contra a Covid-19.

Ontem a Contraf-CUT enviou um ofício à deputada federal Celina Leão (PP-DF), relatora do Projeto de Lei que estabelece prioridade para 16 grupos dentro do plano de vacinação contra a Covid-19, para solicitar a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI), em caráter emergencial.

O texto original do projeto, de autoria do deputado Vicentinho Júnior (PL-TO) e outros, inclui nos grupos prioritários os caminhoneiros autônomos e profissionais do transporte de cargas e mercadorias. Já o texto-base da relatora também prioriza os trabalhadores de transporte coletivo rodoviário e metroviário de passageiros; as pessoas com doenças crônicas e que tiveram embolia pulmonar; e os agentes de segurança pública e privada, desde que estejam comprovadamente em atividade externa.

Após a apresentação de emendas em Plenário, Celina Leão incluiu ainda os profissionais das seguintes áreas:

– do Sistema Único de Assistência Social (Suas), das entidades e organizações de assistência social, e os conselheiros tutelares que prestam atendimento ao público;

– os trabalhadores da educação do ensino básico em exercício nos ambientes escolares;

– os coveiros, atendentes e agentes funerários;

– os profissionais que trabalham em farmácias;

– os oficiais de Justiça;

– os taxistas e os mototaxistas; e

– os profissionais de limpeza pública.

Além da Câmara, o projeto de lei (PL) precisa passar também pelo Senado. Em cada uma das Casas, os parlamentares discutem e votam a proposta original, sendo possível fazer mudanças. Depois de aprovado no Congresso, o PL é enviado para a análise do presidente da República. Ele pode vetar só parte do texto ou todo o projeto. Se estiver de acordo, sanciona a lei, que já começa a valer.

 

Fonte: Bancários PA com Câmara, Fenae e Contraf-CUT

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