Se lá no dia 27 de abril de 2021, tu, bancário ou bancária da Caixa aderiste à paralisação nacional por pagamento correto da PLR Social, contra a abertura de capital da Caixa Seguridade, melhores condições de trabalho e atendimento à população, bem como medidas de proteção contra a Covid-19, como vacinação prioritária para os bancários; e tiveste o dia e reflexos descontado em folha, saiba que o Sindicato nunca desistiu de reverter esse abatimento e felizmente esse dia chegou.
“É com muita alegria, satisfação e certeza de que nossa luta nunca foi e nunca será em vão, e que sempre vale a pena defender o que acreditamos, que hoje conseguimos chegar a uma conciliação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) que determinou a devolução de todo o valor descontado; e melhor ainda, a decisão vale para o funcionalismo da Caixa em todo o Brasil, pois nossa Confederação, a Contraf-CUT, estava conosco nesta causa”, destaca a presidenta do Sindicato que também é bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Confira os principais pontos do acordo realizado hoje (11) em audiência presidida pelo ministro vice-presidente do TST, Maurício Godinho Delgado:
. A restituição será feita na folha de pagamento de agosto;
. A partir de 1º de julho de 2025, bancários e bancárias têm até o dia 31 de dezembro para compensar as horas paralisadas em 27 de abril de 2021, com compensação limitada a 2 horas por dia;
. Até o dia 31 de dezembro de 2025, a Caixa fará o lançamento dos registros funcionais e reflexos da restituição e da compensação; caso o bancário e a bancária não compense as horas até essa data, o valor será descontado novamente na folha de fevereiro de 2026.
Na época, a Caixa além de descontar o dia 27, excluiu da promoção por mérito (valor referente a um delta, como é chamada a promoção de progressão na carreira), todos os bancários e bancárias que paralisaram as atividades, mesmo com a Justiça tendo considerado a legalidade da greve.
Mas no ano seguinte, após a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional do Pessoal da Caixa (Fenae) solicitarem mediação do Ministério Público do Trabalho, o banco recuou e distribuiu um delta para todos os funcionários e funcionárias que cumpriram os critérios, inclusive àqueles que realizaram a greve.
“Foram anos negociando com a Caixa, recorremos à Fenaban; e em todas as tentativas, tivemos o pedido negado, mas não desistimos. Seguimos no exercício do diálogo que para nós segue sendo o melhor instrumento democrático para se chegar a um acordo; e ele veio hoje. Parafraseando a atriz Fernando Torres: a luta presta!”, finaliza Tatiana Oliveira.
Na audiência de conciliação, o funcionalismo da Caixa foi representado pela presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira; pelo diretor jurídico do Sindicato, Cristiano Moreno; pelo assessor jurídico do Sindicato, Luiz Fernando Galiza; além da advogada do escritório Mary Cohen, Camila Aranha; e pelo secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga.
Pela Caixa esteve parte do jurídico do banco.
Fonte: Bancários PA
