O Sindicato dos Bancários do Pará se solidariza com as 300 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais do Movimento Sem Terra e suas 150 crianças assentadas no acampamento Hugo Chávez, em Marabá, que estão ameaçadas de despejo por ordem da justiça. A ação de reintegração ocorre em meio a uma onda de despejos que atingem 20 áreas no sudeste do Pará, onde estão acampadas mais de 2 mil famílias.
Mesmo com a reintegração de posse já agendada para essa quarta-feira (13), as famílias do acampamento Hugo Chávez foram surpreendidas na última segunda-feira (11) com mais um atentado à bala. Pistoleiros dispararam em direção ao acampamento e deixaram homens, mulheres, idosos e crianças na linha de fogo. Após mais este ato de violência, as famílias, que sairiam pacificamente nesta quarta-feira, decidiram permanecer na área e resistir até as últimas consequências.
Repudiamos a decisão da justiça em despejar milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais de suas terras em pleno final de ano.
Da mesma forma, nos unimos ao MST em responsabilizar o governo estadual e o governo federal pela tragédia que pode vir a ocorrer com as famílias do acampamento Hugo Chávez.
Além disso, reforçamos a denuncia dos movimentos rurais quanto à omissão do ITERPA, INCRA, DECA, Polícia Militar, Polícia Civil e o Poder Judiciário, responsáveis pelo estado de caos e barbárie em solo paraense.
Pedimos o apoio e solidariedade da categoria bancária e de todas as pessoas e entidades que defendem a justiça social, os direitos humanos e a reforma agrária para se manifestar e protestar contra a violação dos direitos humanos no Brasil e na Amazônia.
Sindicato dos Bancários do Pará
