Marcha das Vadias reforça no Rio a defesa dos direitos femininos

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Mulheres e homens protestaram em passeata na praia de CopacabanaA Marcha das Vadias, evento de luta pelos direitos da mulher, reuniu no último sábado (9) na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Muitos manifestantes seguravam cartazes com palavras de ordem contra a violência sexual e de gênero e em defesa de direitos como ao parto humanizado, ao aborto e aos direitos sexuais.

O casal Ana Brumana e Thiago Queiroz foi à marcha pela primeira vez, levando o filho de 1 ano e 7 meses. “Viemos muito motivados pela temática meu corpo, minhas regras. A gente lutou muito pelo parto dele, que foi em casa, foi lindo. Essa é uma luta para a gente”, contou Ana.

Cantando e tocando tambores improvisados com latas de tinta, os manifestantes caminharam cerca de 3 quilômetros pela orla.

Muitos homens que participaram da marcha usavam batom, saias e vestidos. O produtor cultural Felipe Gonçalves foi ao protesto pelo segundo ano consecutivo. “O movimento feminista tem crescido muito no Brasil, mas ainda está atrás de alguns movimentos como o movimento negro”, opinou ele.

“Muitas mulheres, como minha mãe, ainda não se veem no direito de manifestar, não se sentem pertencentes a movimentos como este, que é genial”, comentou.

O encontro reuniu representantes de diferentes movimentos e causas, como Laura Lee, vice-presidente do grupo Vitamore, de portadores de HTLV, uma doença sexualmente transmissível. “Viemos fazer uma divulgação desse vírus e também defender o direito das mulheres”, declarou.

Na metade do percurso, houve princípio de tumulto quando o grupo tentou ocupar uma das vias da Avenida Atlântica e foi contido pela PM. Após alguns minutos de tensão entre alguns manifestantes e policiais, a marcha voltou a ocupar apenas uma das pistas da via.

Fonte: Agência Brasil

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