Após ofício do Sindicato, Banpará pede adesão ao II Censo da Diversidade

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II-Censo-da-DiversidadeNa semana passada, no último dia 3, o Banpará respondeu ao ofício do Sindicato dos Bancários que questionava o banco sobre o motivo de a instituição não ter aderido ao II Censo da Diversidade. No documento em resposta ao Sindicato, o banco informou que ‘tão logo tomou conhecimento do assunto, enviou ofício à Federação Brasileira de Bancos – Febraban, solicitando a adesão ao Censo da Diversidade 2014, pelo que aguardaremos as orientações daquela federação’.

“Pela resposta, o banco deixa a entender que nem sequer tinha conhecimento da pesquisa se não fosse o ofício que encaminhamos. Apesar de não deixar claro o motivo da não adesão, pelo menos mostrou interesse em participar, só que tarde. Ainda não sabemos se vai ser possível incluir o Banpará, já que a pesquisa termina daqui a duas semanas, e por um descuido da empresa, os bancários e bancárias do Banco do Estado infelizmente podem não dar suas contribuições para a valorização da diversidade no setor bancário”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Como participar – Com o slogan ‘Somos diferentes, somos iguais’, o censo está disponível até o dia 25 de abril no endereço www.febraban-diversidade.org.br. São questões sociais e profissionais e as respostas são sigilosas e confidenciais. Um glossário sobre alguns termos, como o que significa a sigla LGBT, o que é identidade de gênero, transgênero, entre outras palavras, também pode ser acessado no hot site.

O tempo previsto para responder ao II Censo é em torno de 8 e 10 minutos. O sistema conta com um programa de segurança e as respostas serão sigilosas e confidenciais. Todos os bancários, inclusive os licenciados por motivos de saúde, maternidade e mandato sindical, que estão na base de cadastro da RAIS, podem participar da pesquisa.

A exigência do CPF, da data de nascimento ou matrícula completa permite a entrada segura no sistema, a certificação de que o acesso é feito somente por bancários. O sistema está criptografado, o que significa que não há como rastrear individualmente os CPFs ou matrículas, logo não há risco de vazamento de informações.

Uma história de lutas contra a discriminação e o preconceito – O debate sobre igualdade de oportunidades foi pautado no Encontro Nacional dos Bancários, em 1992. De lá para cá, foram inúmeras ações voltadas ao combate da discriminação no setor financeiro. Em 1996, o tema foi incluído na minuta de reivindicações entregue aos bancos.

No I Encontro de Mulheres, em 1997, foi criada a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) e, no ano seguinte, o tema igualdade de oportunidades tornou-se bandeira de luta da Campanha Nacional dos Bancários.

Os bancos sempre negaram a discriminação no local de trabalho, mas em 2000 a então CNB-CUT e o Dieese realizaram uma pesquisa nacional, a qual resultou na publicação “Os Rostos dos Bancários”. O levantamento traçou o perfil da categoria e comprovou a existência de distorções de gênero e raça.

Depois da identificação das desigualdades, a CNB-CUT produziu três cartilhas entre 2001 e 2003: “Assédio Moral no Trabalho”, “Relações Compartilhadas” e “Igualdade de Oportunidades”, intensificando o debate junto aos bancários. Essas ações refletiram positivamente na criação da mesa bipartite sobre igualdade de oportunidades, em 2001.

Ao longo desses mais de 10 anos, a mesa temática aprofundou o debate sobre diversos temas relacionados “às minorias”. E em 2008 foi construído o primeiro censo, chamado de “Mapa da Diversidade”, que revelou uma série de desigualdades nos bancos.

Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT

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