Bancários homenageiam vigilante assassinado e cobram políticas de segurança eficazes

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Ato-Capaf-insegurança-(18)A última sexta-feira (29) do mês de julho ainda está na memória de muitos bancários e bancárias do Posto de Atendimento Bancário (PAB) Capaf e, talvez, nem seja esquecida. A unidade está de portas fechadas desde o dia em que o vigilante Alcindo Raiol, 55 anos, morreu durante um assalto ao local.

“Segurança bancária e pública precisam ser mudadas e adequadas à realidade que vivemos, onde todo dia pelo menos um trabalhador ou trabalhadora é vítima. Nossa segurança, nossa vida tem que ser prioridade. Esperamos até hoje o Banco da Amazônia instalar a Comissão de Segurança, conforme acordado e assinado no último ACT com as entidades sindicais. Enquanto isso, amanhã a cena pode se repetir em outra unidade”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Hoje (5) o Sindicato dos Bancários esteve de volta ao posto para prestar homenagens ao trabalhador, junto com outros colegas da vítima, em um ato ecumênico. Porém, mais do que lembranças, o que todos pediam era paz e políticas de segurança pública eficazes.

“Sentimos indignação, revolta e também dor diante da perda de uma vida por causa da insegurança pública e privada. Situações como a que ocorreu na semana passada aqui no PAB Capaf trazem inúmeras consequências à vida de um trabalhador e trabalhadora como, por exemplo, em uma agência do Banpará que visitamos ontem durante a caravana. Até hoje um dos gerentes está afastado para tratamento de saúde após ser diagnosticado com a síndrome do pânico em decorrência de um assalto na modalidade vapor no início do ano”, lembra o vice-presidente da Fetec-CUT/CN, diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Além dos dirigentes sindicais, os religiosos convidados (reverendos Marcos Fernando e Cláudio Lísias, além do diácono, Eduardo Girão) para o ato também deixaram mensagens de solidariedade através de orações.

O reverendo Marcos Fernando, da Igreja Anglicana, falou sobre amor ao próximo. “Cada um de nós somos responsáveis pelo próximo, seja ele da nossa família ou não. E foi isso que esse ato trouxe aqui, a consciência sobre tal responsabilidade sendo colocada em prática por pessoas que acreditam de alguma forma que outro mundo é possível”.

Entre versículos bíblicos, o reverendo Cláudio Lísias, da Igreja Presbiteriana Independente, também criticou a falta de segurança. “Até quando seremos vítimas do capitalismo e da inoperância dos governos diante da insegurança pública. Nós enquanto sociedade, trabalhadores temos que lutar por melhorias, mudanças, pela igualdade”.

Familiares do vigilante também foram convidados pelo Sindicato para o ato ecumênico, mas ninguém compareceu.


Fonte: Bancários PA

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