Bancários presentes no ato em defesa da Justiça do Trabalho

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A defesa da justiça do trabalho faz parte da resistência da classe trabalhadora no atual contexto político do país. Por esse motivo, o Sindicato dos Bancários do Pará esteve presente na manhã dessa segunda-feira 21 em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, em Belém, no ato público nacional convocado pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Colegiado de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“Estamos numa conjuntura de ataques diários aos direitos da classe trabalhadora. Prova disso foi a aprovação da Lei das Terceirizações irrestritas, da antirreforma trabalhista e, agora, no Governo Bolsonaro, o direito à previdência pública está ameaçado, assim como o fim do Ministério do Trabalho e o sucateamento da Justiça do Trabalho. Por isso, o Sindicato está aqui presente, fortalecendo esse ato nacional, porque entendemos que defender a justiça do trabalho é fundamental para a classe trabalhadora na atual conjuntura do Brasil”, destacou a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários, Tatiana Oliveira.

A atividade contou com a presença de um grande público, com participação da CUT e demais centrais sindicais, movimentos populares, de juventude e de entidades ligadas à Justiça do Trabalho. O Senador Paulo Rocha (PT), a vereadora Marinor Brito e o vereador Fernando Carneiro, ambos do Psol, também participaram do ato. A bateria da Escola de Samba da Matinha esteve presente e animou o ato com seu carnaval 2019, que fala sobre a exploração do trabalho infantil.

O ato poderia ter sido ainda maior se a presidência do TRT Pará tivesse suspendido as audiências agendadas para hoje e liberado os servidores para participar da manifestação. Porém, o Tribunal alegou que, conforme ofício do Tribunal Superior do Trabalho (TST) enviado hoje a todos os Tribunais Regionais, “não há interesse por parte do Governo em implementar medidas voltadas à extinção ou alteração estrutural da Justiça do Trabalho” e que, por esse motivo, não haveria “motivação para a participação em referido ato”.

A manifestação serviu para explicar à sociedade sobre a importância da Justiça do Trabalho, como patrimônio do cidadão. “São falsas as alegações de que a Justiça do Trabalho existe somente no Brasil. Além disso, ela não deve ser ‘medida’ pelo que arrecada ou distribui, mas sim pela pacificação social que promove. A Justiça do Trabalho tem previsão constitucional e não pode ser suprimida por iniciativa do Executivo ou do Legislativo; a sua supressão ou absorção representaria grave violação à cláusula constitucional e convencional de vedação do retrocesso social”, destacaram as entidades organizadoras do ato nacional em manifesto distribuído através de panfleto para a população.

Esse foi o primeiro ato nacional convocado em defesa da Justiça do Trabalho. Durante toda a manifestação, as diversas falas frisaram a necessidade de se ampliar o movimento popular em torno dessa causa e que novas manifestações nacionais unificadas serão convocadas para fortalecer a luta.

Fonte: Bancários PA

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