O programa Câmara Itinerante chegou a Belém nesta sexta-feira (15), e bem ao contrário do que diz o objetivo do projeto no site oficial da Câmara dos Deputados: “de levar a Câmara até os cidadãos das diferentes regiões do país, para que os parlamentares ouçam as necessidades locais, acolham sugestões e ampliem a agenda legislativa nacional”, as portas da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), onde o evento ocorria, estavam fechadas para os cidadãos, a mando do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Fechadas, cercadas e com reforço de seguranças particulares e da Polícia Militar. Depois de passar pela grade, os convidados tinham que confirmar o nome na lista de presença para poderem então entrar na sede da Federação.
“O Pará foi o sexto estado a receber a visita da Câmara Itinerante, e o que chamou atenção foi o fato de aqui ter sido o primeiro local onde a sessão não ocorreu em uma Assembleia Legislativa. Eduardo Cunha, ao recusar o Palácio Cabanagem, sede da nossa Assembleia Legislativa, virou as costas para o povo paraense trabalhador e se trancou com políticos e empresários do agronegócio, que financiam suas campanhas eleitorais. Essa foi a prova cabal de que Eduardo Cunha não representa os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país”, afirmou por telefone a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, que não pode participar da manifestação em Belém por estar em caravana pelo Sul e Sudeste do estado, junto com o diretor Gilmar Santos.
Em repúdio ao cerceamento da população de não poder opinar sobre o ‘Pacto Federativo e a Reforma Política’ e também contra a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o Sindicato dos Bancários, a CUT e demais entidades sindicais e movimentos sociais foram recepcionar o deputado no meio da rua com faixas, panfletos e um sonoro carro som que não ‘calou’ um segundo, com a palavra de ordem: FORA EDUARDO CUNHA!
“Eduardo Cunha faz de tudo contra os direitos da classe trabalhadora em prol do empresariado. A aprovação pela Câmara do PL 4330 é o mais cruel exemplo do que para de fato ele veio, prejudicar de toda forma a nossa vida; e é por isso que estamos aqui, para dizer em alto e bom som que ele não é bem vindo em nossa cidade”, afirma o diretor do Sindicato, Márcio Saldanha.
“O Projeto da Terceirização passou pela Câmara dos Deputados infelizmente, mas a luta da classe trabalhadora não parou por aqui. Continuamos nossas mobilizações na capital e no restante do Pará conscientizando os bancários da importância de também fortalecer essa luta contra o PL4330, que não é exclusiva de uma categoria, mas de toda classe trabalhadora que vai ser prejudicada de uma maneira geral caso esse projeto seja aprovado”, destaca o diretor do Sindicato, Sérgio Trindade.
Fonte: Bancários PA
