Bancários referendam minuta do Banpará e buscam novas conquistas

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Contratações, melhores condições de trabalho, respeito à jornada e outros assuntos foram aprovados por unanimidade na construção da minuta do Banpará durante o 5º Encontro EstadualO 5º Encontro dos bancários e bancárias do Banpará, ocorrido no último sábado (15) em Belém, foi marcado por um amplo debate entre os trabalhadores e trabalhadoras de diversos municípios do Pará, e também pela troca de experiências com bancários de outros estados.

A necessidade de mais trabalhadores, melhores condições de trabalho e o respeito à jornada de trabalho foram unanimidade nos discursos dos bancários, o que levou a maioria do funcionalismo a referendar a minuta do ano passado, reaver o tíquete extra ir mais além, em busca de novas conquistas, como a implantação do ponto eletrônico, ampliação dos direitos via PCS, combate a pressão por metas e a contratação de mais bancários. Também foi encaminhado pelo encontro a realização de um workshop para debater especificamente sobre o PCS.Rosalina Amorim

“A luta do funcionalismo do Banpará não pode ficar desatrelada da luta nacional, pois quanto mais unidos tivermos, maior será a nossa força. E força é o que mais precisaremos nessa campanha que deve ser bem árdua e difícil com a direção do banco e o Governo do Estado”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Érica Fabíola“Com base nos relatos dos bancários que estão dia-a-dia encarando a realidade dentro dos bancos, vamos em busca do reajuste dos comissionados que nunca tiveram aumento em suas comissões, também vamos pedir ao banco que disponibilize, de forma acessível, o seu regulamento atual para os funcionários. A Campanha Nacional dos Bancários já começou e este é o momento de, juntos, construirmos nossas reivindicações”, aponta a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Érica Fabíola.

Além do Sindicato dos Bancários do Pará, o Encontro teve a presença dos diretores da Contraf-CUT Adilson Barros e Andrea Vasconcelos, do deputado estadual, Edilson Moura, do diretor da Fetec-CN e empregado do BRB, André Nepomuceno, da presidente da Afbepa, Kátia Furtado, e da diretora da Fetec-CN e de Comunicação da CUT-PA, Vera Paoloni, que também é funcionária do Banpará.Vera Paoloni

Vera lembrou que a luta pela valorização do funcionalismo do Banpará é antiga. “Em 1988, quando o Banpará esteve prestes a ser vendido, nós funcionários tivemos a coragem de abrir mão de 20% dos nossos salários durante 11 meses para salvá-lo; mas quando chegou a nossa vez de sermos reconhecidos por transformar o Banpará no banco que hoje ele representa à população paraense, não tivemos esse reconhecimento pleno, através de melhores salários, melhores condições de trabalho e um PCS que leve em conta esse tempo de sacrifícios. Vamos buscar essa dívida que o banco tem conosco nesta campanha”.

Heidiany KatrineA diretora do Sindicato, Heidiany Katrine, destacou a importância do acúmulo na mesa do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e informou que agora o CRT está debatendo critérios que incluam a avaliação, pelo menos por 3 semestres consecutivos, para que possa se efetivar um descomissionamento.

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Edilson Moura, que também é autor do projeto de Lei Estadual dos Biombos, reforçou que a falta de valorização dos trabalhadores e de investimentos nos serviços oferecidos pelo banco prejudicam os usuários e o fortalecimento do próprio banco. “Além das longas filas que sofremos diariamente, o sistema do banco nos caixas eletrônicos vive caindo, fora do ar; o que empurra os clientes para outras instituições financeiras”.

Encontro do Banpará também encaminhou a realização de um workshop sobre o PCS“Mobilização é um dos segredos para a vitória” – Essa foi uma das orientações que a assessoria jurídica do Sindicato, representada pela dra Mary Cohen, repassou aos bancários. Ela também alertou ao funcionalismo que não é bom o processo de negociação ir para a justiça. “A justiça só é recomendada em último caso, quando todas as formas de negociação já se esgotaram, pois a essência do movimento sindical é a conquista através de lutas, através do diálogo, e não delegando essas atribuições a terceiros, no caso, a justiça”, explica.


Fonte: Bancários PA

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