CN2016: Bancários chegam ao 15º dia da maior greve da história da categoria

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Enquanto os banqueiros se recusam a atender as reivindicações da categoria, bancários e bancárias seguem de braços cruzados e chegam ao 15º dia da maior greve da história dos trabalhadores bancários.

“Ganância! Para nós esse é o principal motivo da recusa da Fenaban, porque dinheiro para eles não falta mesmo com a tal crise econômica no país. Toda folha de pagamento dos maiores bancos ou grande parte dela é paga com o que se lucra somente nas tarifas. Só vamos sair dessa greve quando formos atendidos!”, afirma a presidenta do Sindicato e empregada do BB, Rosalina Amorim.

Levantamento feito recentemente pelo Dieese, sobre o desempenho dos cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), revela um lucro líquido de R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016.

Mesmo apresentando lucros expressivos, os cinco bancos fecharam mais de 13.600 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015 e, juntos, fecharam 422 agências bancárias.

“Por isso nossa pauta de reivindicações é muito mais do que reajuste salarial, pensamos também nos clientes e usuários que sofrem tanto quanto nós, mas de outras formas, seja nas filas de espera por atendimento, em unidades insalubres, tendo que pagar taxas e tarifas altíssimas. A culpa de tudo isso é dos banqueiros que visam tão somente lucros cada vez maiores à custa de nós trabalhadores e trabalhadoras. Por isso pedimos a compreensão da população e apoio nessa luta, pois não existe outra forma de lutarmos pelo que temos direito”, explica o diretor do Sindicato e também empregado do BB, Gilmar Santos.

Assembleia organizativa – Nessa terça-feira (20), às 16h, tem assembleia no Sindicato para organizar a greve da categoria e a participação dos bancários e bancárias na paralisação nacional da classe trabalhadora convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT

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