CN2016: Greve nos bancos privados ganha mais força nesse 14º dia

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As principais agências do HSBC e Bradesco, em Belém, Parauapebas, Altamira e Canaã dos Carajás estão paralisadas nessa segunda-feira (19), 14º dia de greve da categoria. A mobilização nos bancos privados contou com o apoio de bancários e bancárias da Caixa e Banco do Brasil em resposta à intransigência de alguns gestores que estariam tentando forçar a abertura das unidades durante a greve.

“Repudiamos esse tipo de postura intransigente que tenta enfraquecer nossa luta legítima e coletiva, onde todos os bancários e bancárias serão contemplados quando a Fenaban atender às nossas reivindicações. Enquanto esse dia não chega, temos que fortalecer ainda mais nossa greve junto aos colegas que ainda não vieram para o lado de fora unir-se a nós e ampliar o movimento paredista por melhores salários e condições de trabalho em todo o Pará”, destaca a presidenta do Sindicato e empregada do BB, Rosalina Amorim.

Toda essa união e disposição de luta refletiram no mapa da greve que aponta o fechamento de 431 agências bancárias, o que corresponde a 85% do total de unidades em todo o Pará. O maior percentual já alcançado nesses 14 dias de movimento paredista em uma das maiores greves da história da categoria.

“Enquanto os banqueiros tentam nos vencer pelo cansaço, mostramos a eles que juntos, unidos e mobilizados somos mais fortes. Que não estamos brincando de fazer greve, que nosso movimento é sério e legítimo, pois temos a plena consciência que esse é o único momento que temos no ano para melhorar nossos salários e condições de trabalho. Queremos também mais contratações, segurança, redução dos juros e tarifas, pois os clientes e usuários sofrem tanto quanto nós com os abusos e desrespeito dos banqueiros”, ressalta a diretora do Sindicato e empregada do HSBC, Eliana Lima.

Desde o início da greve, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma única proposta, de 7%, que não repõe sequer a inflação, além de abono de R$3.300,00 que não reflete nas demais verbas como 13º salário. Para as demais reivindicações da categoria o não para tudo.

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Bancários PA

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