A batida na porta parecia mais uma visita não programada, às 20h, de ontem (8). Mas ao abri-la para ver quem estava do lado de fora, o bancário foi rendido por criminosos que pediam calma às vítimas (ele e esposa) e explicavam que ‘só’ queriam o dinheiro do banco.
Como nesse horário a agência do Banpará em Tucuruí, nordeste paraense, já estava fechada e os criminosos sabiam disso, eles esperaram o outro dia dentro da casa do bancário, mantendo ele e a família reféns.
Assim que amanheceu, eles ordenaram que o trabalhador tomasse banho, se vestisse para trabalhar e seguisse no próprio veículo em direção ao banco. Como garantia de que seriam obedecidos, levaram a esposa do bancário junto com eles em outro carro. Tudo dentro do que eles planejavam, indicando que o plano ocorreria conforme planejado. Mas próximo à agência, a quadrilha percebeu que a polícia chegou antes.
O plano B foi fugir junto com a esposa do bancário como refém. Ela foi liberada, sem ferimentos, próximo a Goianésia e levada de volta para casa por um conhecido. Nenhum acusado foi preso. A agência está fechada.
O Sindicato logo que soube de mais um caso de insegurança bancária entrou em contato com as vítimas e colegas de trabalho dele para orientá-los quais procedimentos tomar, como emissão de CAT e registro de B.O., garantindo dessa forma assistência acidentária quando eles precisarem.
“Mesmo tendo sido frustrado, as ameaças ocorreram desde a hora que eles entraram na casa do colega e o mantiveram junto com a esposa como reféns. A rotina deles foi quebrada e talvez as próximas batidas de porta possam causar temor até um dia ele precisar ser afastado para tratamento em virtude dessa tentativa de assalto, e com a CAT ele estará respaldado, por isso reforçamos sempre desse procedimento ser feito pelo banco, mas se ele não fizer, nós garantimos. Torcemos para que nenhum trabalhador apresente algum trauma, mas infelizmente na maioria das vezes acontece a curto ou em longo prazo”, alerta o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.
Em números – Em menos de 10 dias essa é a terceira ocorrência registrada de ataque a banco no Pará, sendo duas consumadas e a mais recente tentativa.
“Enquanto isso o governo do Estado segue ignorando nossos pedidos de retomada do GT de Segurança Bancária. Iremos continuar denunciando todo esse descaso para com a segurança de bancários, clientes e usuários tanto da capital e principalmente do interior onde o efetivo policial é super reduzido, onde lotéricas e Correios funcionam como agências bancárias. Queremos respeito e mais segurança!”, lembra a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Fonte: Bancários PA
