Por Direitos: Bancários cruzam os braços, pela segunda vez, no centenário da Greve Geral

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No ano em que a primeira Greve Geral completa 100 anos, a classe trabalhadora de todo o país vai às ruas na segunda Greve Geral nesse ano. Assim como em 1917, trabalhadores e trabalhadoras protestavam contra o governo, que devido à alta exportação de alimentos, na Primeira Guerra Mundial, subiu o preço dos produtos alimentícios no país, aumentando assim o custo de vida, diante desse cenário a classe queria aumento nos salários e conseguiram reajuste de 15% a 30%.

Nesse 30 de junho de 2017, trabalhadores e trabalhadoras, entre eles bancários e bancárias, foram às ruas em todo o país para protestar contra o governo, contra as ‘reformas’ da Previdência e Trabalhista que retiram direitos e conquistas frutos de greves passadas, além da terceirização. A ‘reforma’ trabalhista proposta pelo governo Temer altera mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e segue para votação no plenário na próxima semana.

“Nossa pauta também é em defesa dos bancos públicos, que assim como a classe trabalhadora, estão ameaçados junto com os bancários e bancárias. Os bancos públicos surgiram e se fortaleceram no Brasil quando promoviam o crescimento produtivo do país, garantiam formas de distribuição de renda, além de serem importantes como balizadores na definição dos juros praticados ao consumidor final. Os governos neoliberais têm sua política econômica dirigida pelos interesses do capital financeiro, dos bancos privados, ou seja, não precisam de bancos públicos”, afirma o presidente do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.

Assim como na capital paraense, que amanheceu com todas as agências de bancos públicos e privados fechadas, a Greve Geral também parou várias regiões do Pará. Em Marabá, Santarém e Parauapebas, bancários e bancárias saíram cedo de casa para se unirem a outras categorias pelo Fora Temer e Diretas Já.

“Para o Fórum em Defesa da Previdência e dos Direitos dos Trabalhadores, só as eleições diretas, com a valorização do voto popular, pode pôr fim à crise institucional, política e econômica instalada no nosso país. Por isso estamos nas ruas lutando para garantir o emprego, os direitos trabalhistas e uma aposentadoria digna para quem passou uma vida inteira construindo as riquezas do país. Lutamos por um país mais justo e fraterno, com mais democracia e menos desigualdade”, destaca a diretora na região Sudeste do Pará, bancária do Banpará e membro do Fórum, Heidiany Moreno.

 

 

Fonte: Bancários PA

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