Lançada a Campanha Nacional dos bancários no Pará

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Os fogos anunciaram o início da Campanha Nacional 2012 dos bancários no ParáSindicato tomou as ruas de Belém para o lançamento da Campanha Nacional 2012A categoria bancária no Pará deu início à Campanha Nacional 2012 com um ato público realizado pelo Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec Centro Norte, Contraf e CUT Pará nesta quarta-feira, 1º de agosto, na Avenida Presidente. Vargas, em Belém. Os trabalhadores e trabalhadoras tomaram um dos principais corredores financeiros da capital paraense para dizer em alto e bom tom que estão dispostos a, mais uma vez, enfrentar a ganância dos banqueiros em busca de melhores salários e melhores condições de trabalho.

Em cima de um trio elétrico e acompanhados por uma bandinha, fogos de artifício, palhaços e panfletos informativos sobra a Campanha Nacional 2012, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Pará dialogaram com a população sobre a importância de a sociedade estar irmanada com a categoria bancária nessa luta por mais segurança nas agências, pela contratação de mais bancários e bancárias para acabar com as filas quilométricas e melhorar a qualidade do atendimento e pela redução dos juros e das tarifas abusivas.Sérgio Trindade ressaltou que a mobilização nacional da categoria é por novas conquistas sociais e econômicas

Durante o percurso do ato, o Sindicato fez paradas em frente ao Banco do Brasil, Banpará, Itaú, HSBC, Caixa Econômica, Banco da Amazônia e Bradesco, onde os dirigentes sindicais falaram à categoria em tom de mobilização, chamando os trabalhadores para estarem engajados e unidos para fazer com que a Campanha Nacional 2012 seja forte e vitoriosa.

“Os bancos são as empresas que mais lucram no país. Somente no primeiro trimestre desse ano foram mais de 11 bilhões de Reais de lucro para os cofres dessas instituições. Porém, mesmo com os lucros gigantescos, os bancos seguem praticando a rotatividade, o assédio moral, impõem metas e mais metas, precarizam o trabalho bancário e fecham postos de trabalho. Por isso, vamos intensificar a mobilização em todo país em busca de novas conquistas econômicas e sociais. Os bancos não têm motivos para recusar as reivindicações da categoria”, ressalta o vice-presidente do Sindicato Sérgio Trindade.

Alberto Cunha: 'Chegou a hora de lutarmos de forma unificada contra a ganância dos banqueiros'“Chegou a hora de unirmos nossas forças para lutar contra nossos reais inimigos: os banqueiros. Por isso, chamamos todos os bancários e bancárias do Pará a estarem junto com o Sindicato, a Fetec e a Contraf nas mobilizações dessa Campanha Nacional em busca de aumento real em nossos salários, elevação do piso da categoria, pelo fim das terceirizações e da rotatividade nos bancos, por mais saúde e pelo fim das metas, por emprego com dignidade e segurança para a categoria bancária. Vamos juntos marchar contra a ganância dos banqueiros”, destacou o diretor do Sindicato Alberto Cunha durante o ato.

“A luta da nossa categoria não é apenas por um índice salarial. É óbvio que nossa campanha também é por melhorias em nossos salários e pisos, mas uma questão fundamental é a luta em defesa do emprego bancário. Por isso, o combate às terceirizações e à rotatividade devem ser bandeiras prioritárias para a nossa categoria durante a Campanha 2012”, afirma a diretora da Fetec-CUT/CN Vera Paoloni.

Érica Fabíola destacou a importância da campanha por Mais Saúde e Não às Metas no BanparáOdinéa Gonçalves conclamou o funcionalismo do Banpará para mais uma campanha específica“Aqui no Pará, além de nos engajarmos nas atividades da campanha nacional, temos uma campanha específica de extrema relevância, que é a do Banpará. Por isso, conclamamos os colegas do banco a lutar por melhorias sociais e econômicas, por mais saúde e não às metas, e de forma unificada fazermos mais uma campanha forte e que conquiste novamente um acordo coletivo de referência para a nossa categoria em todo o país”, destacam as diretoras do Sindicato Odinéa Gonçalves e Érica Fabíola.Rômulo Weyl cobrou seriedade do Banco da Amazônias nas negociações da Campanha 2012

“Outra mesa de negociação importante que ocorre em nosso Estado é a do Banco da Amazônia. Esperamos que a direção do banco negocie seriamente com a categoria durante a Campanha 2012 e dê soluções para questões fundamentais como o PCCS, a reembolso com o Plano de Saúde da CASF, resolva o problema da CAPAF, dentre outras demandas de grande relevância para os empregados do banco”, pontua o diretor do SFábio Gian cobrou aumento real e fim do assédio moral no Banco do Brasilindicato Rômulo Weyl.

“Hoje também é dia de entrega das minutas específicas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica, e o que mais queremos dessas instituições é que garantam aumento real para seus funcionários, que combatam efetivamente o assédio moral e respeitem a jornada de 6 horas da categoria”, complementa o diretor de comunicação do Sindicato Fábio Gian.

Heládia Carvalho reivindicou mais segurança e mais saúde no Bradesco“Os bancos devem reverter grande parte dos seus lucros no investimento de segurança nas agências, sobretudo nos bancos privados. O medo e a insegurança, assim como as metas, têm gerado adoecimento na categoria, e a nossa campMárcio Saldanha defendeu o fim das terceirizações e da rotatividade nos bancosanha salarial também é por mais qualidade de vida”, concluem os dirigentes sindicais Márcio Saldanha e Heládia Carvalho.

Entrega da minuta – Também nesta quarta-feira (1º), o Comando Nacional dos Bancários entregou a pauta de reivindicações da categoria à Federação dos Bancos (Fenaban), e as pautas específicas ao Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Todas as entregas de minutas foram em São Paulo, e a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, que faz parte do Comando Nacional da categoria, participou dos atos de entrega.

Dentre as reivindicações da categoria estão o reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além do fim da rotatividade e mais contratações, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

As duas primeiras rodadas de negociação com os bancos já estão marcadas: a primeira nos dias 7 e 8 de agosto e a segunda, nos dias 15 e 16.

Confira as principais reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2012

> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.

> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).Todos e todas na luta contra a ganância dos banqueiros

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancários.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.


 

Fonte: Bancários PA

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