Mais de 30% dos bancários adoecidos no Pará são vítimas de assalto

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Dificuldades para dormir, ansiedade, depressão. Esses são apenas alguns dos inúmeros sintomas pós-traumáticos que os cerca de 30 bancários e bancárias ainda apresentam ou apresentaram nesse ano no Pará. Todos vítimas de assalto a caminho do trabalho ou no local de trabalho.

A aceitação da doença e o afastamento, das atividades, para tratamento não são processos fáceis para as vítimas, e são nesses delicados momentos que o Sindicato, através do setor de saúde, se faz presente na vida do trabalhador e da trabalhadora, tanto para emissão de CAT, quanto nos encaminhamentos aos especialistas ou numa simples ligação para saber como está o tratamento.

“Esse apoio que recebemos do Sindicato é de fundamental importância para superarmos cada trauma em virtude da nossa profissão. E nossos patrões, os banqueiros, viram as costas no momento em que mais precisamos de ajuda e principalmente de compreensão”, desabafa um bancário, vítima de sapatinho na região nordeste do Pará, que prefere não ser identificado.

Assim que o crime aconteceu, o bancário procurou o Sindicato que o orientou a registrar Boletim de Ocorrência, emitiu a CAT e o encaminhou para o INSS que comprovou que ele estava doente e precisava ser afastado. No mesmo período do afastamento veio a demissão por justa causa, o motivo? Indisciplina.

Logo após o assalto, em junho desse ano, o bancário pediu transferência da cidade onde o crime aconteceu. “Infelizmente o banco não foi compreensivo em atender ao meu pedido. Eu precisava sair daquela cidade o mais rápido possível. Tive medo por mim, pela minha família. Os criminosos tinham informações detalhadas e privilegiadas. Eu e minha família corríamos risco”, lembra.

Por conta própria, ele mudou de endereço. Atualmente, o bancário aguarda que o pedido de reintegração, ajuizado pelo Sindicato junto a Justiça, seja atendido o quanto antes, já que ele se encontra impossibilitado de ter outro registro profissional na carteira de trabalho, uma vez que o banco não deu baixa oficialmente.

“Viro-me como posso, sempre contando com o apoio da minha família e do Sindicato. Tenho esperança de que vou conseguir minha reintegração de volta à profissão que escolhi”, finaliza.

O relato do bancário acima é apenas um caso dos outros 80 que a diretoria de saúde acompanha ou acompanhou ao longo desse ano.

Como buscar atendimento? “O bancário e bancária pode vir até a nossa sede, caso more em Belém ou Região Metropolitana e possa se deslocar até nós. Temos ainda as nossas subsedes em Santarém e em Marabá. Já para quem não mora perto de nenhuma dessas cidades, orientamos que seja mandado e-mail ou ainda que o contato seja via telefone; e principalmente que o colega não hesite em nos procurar em caso de dúvidas ou qualquer sintoma que ele apresente em decorrência do trabalho”, recomenda o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.

O e-mail da diretoria de saúde do Sindicato é o saude@bancariospa.org.br e os telefones para contato em Belém são (91) 3344-7799 ou 3344-7755, de segunda a sexta das 8h às 12h e das 14h às 17h. A sede do Sindicato é na Rua 28 de setembro, 1210 – Reduto.

Já em Marabá, a subsede se encontra na Folha 27, Quadra 14, Lote 18, Nova Marabá, e o telefone para contato é o (94) 3322-3276.

A subsede em Santarém está localizada na Tv. Dom Amando, 787, Santa Clara, e telefone para contato é o (93) 3064-5579.
Fonte: Bancários PA

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