Médicos com diploma estrangeiro começam a atender em uma semana

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Os cerca de 2 mil médicos com diploma estrangeiro que participam da segunda etapa do Programa Mais Médicos vão iniciar os atendimentos em uma semana. Eles atuarão, a partir da próxima segunda-feira (4), em unidades básicas de Saúde de 783 municípios e ocuparão apenas as vagas remanescentes, não preenchidas por brasileiros com diploma nacional, que têm prioridade.

Depois de passar, nas últimas três semanas, pelo módulo de capacitação e avaliação em universidades federais, os médicos formados no exterior começaram a chegar, no sábado (26), aos estados onde irão trabalhar. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi a duas capitais – Goiânia e São Paulo – para recepcionar os profissionais. O deslocamento deve ocorrer, segundo o ministério, até quarta-feira (30).

Antes de serem encaminhados aos municípios onde atenderão à população, os médicos ficarão nas capitais, onde estudarão, ao longo desta semana, os problemas de saúde mais comuns da região e terão informações sobre a rede de saúde do estado. A ambientação é considerada fundamental pelo governo, uma vez que é nessa fase que eles conhecem hospitais, clínicas ou outras unidades de saúde para onde devem encaminhar pacientes que necessitem de atendimento especializado, como cirurgias. O grupo, formado por 2.167 médicos, vai se juntar aos 1.499 profissionais – 819 brasileiros e 680 estrangeiros – que já estão atuando em regiões carentes do país.

Para que possam começar a trabalhar, eles também receberão, ao longo da semana, os registros emitidos pelo Ministério da Saúde, que passou a ter a competência para conceder o documento, conforme alteração estabelecida na Lei do Mais Médicos, sancionada na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff. Antes, a atribuição era dos conselhos regionais de Medicina.

O Nordeste é a região que receberá o maior número de profissionais, 928. Em seguida, vêm o Sudeste (517), o Norte (358), o Sul (244) e o Centro-Oeste (120). Com os novos médicos, a cobertura do programa passará de 5 milhões para 13 milhões de brasileiros, conforme o Ministério da Saúde. Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios são responsáveis por garantir alimentação e moradia.

Pará – Chegaram ao Pará, na noite do último domingo (27), 71 médicos cubanos de um total de 142 que vão trabalhar em 58 municípios e três Distritos Sanitários Especiais Indígenas no Estado. Os outros 71 chegam a Belém nesta segunda-feira (28), às 19 horas.

Na primeira etapa, o estado recebeu 62 cubanos e um brasileiro formado na Argentina, além de 49 brasileiros, sendo que apenas 25 brasileiros permaneceram no Estado. Os novos médicos cubanos desembarcaram no aeroporto da Base Aérea de Belém. Entre as autoridades que receberam os profissionais estavam o secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, e a secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Esther Bemerguy.

Da base aérea, os médicos seguiram em ônibus militar para o Hotel Matan, em Ananindeua, onde permanecerão até quinta-feira, 31, participando de uma Programação de Acolhimento, que começará nesta terça (29. Será uma série de apresentações para que conheçam a situação epidemiológica do Estado, o funcionamento do sistema de saúde e o papel dos colegiados do Sistema Único de Saúde (SUS) e controle social.

O médico cubano Orestes Corcho Perez, 48 anos, atuará no município de Igarapé-Miri, juntamente com mais duas colegas. Com experiência de 32 anos, ele disse que está com boa expectativa em relação ao trabalho no Pará. “Viemos para ajudar o povo brasileiro e cumprir a proposta da presidente Dilma de melhorar a saúde no Brasil”, disse, reconhecendo, por outro lado, que há muitos desafios a enfrentar e novas realidades para viver, apesar de já ter trabalhado no Haiti, Venezuela e Angola.

Fonte: Agência Brasil com informações da Agência Pará

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