Dando continuidade às atividades marcadas para março lilás, o Sindicato dos Bancários realiza nessa quarta-feira (25), às 18h30, no auditório do Complexo Cultural Bancário, o debate sobre Parto Humanizado e violência obstétrica. Na ocasião será lançado o Coletivo de Mulheres Bancárias. Haverá coquetel e cuidadora/recriadora de crianças.
Para o debate foram convidadas: Anna Marcella Mendes, advogada e membro da Comissão de Direitos Humanos-OAB/PA. Danielle Rego Gonçalves, enfermeira obstétrica que atua em acompanhamento pré-natal pela rede do SUS, bem como na assistência ao trabalho de parto nos hospitais Abelardo Santos, Hospital de Clínicas e Santa Casa de Misericórdia do Pará. Edilene Lisboa, doula e bióloga.
“O objetivo desse debate é esclarecer que as mulheres podem sim optar pelo parto humanizado, pois ele foca na mulher, em suas escolhas de como e onde deve ser realizado o parto, desde que seja com respeito. Com taxas tão altas de cesárias, o debate é fundamental para que possamos mudar esse quadro, pois não existe uma justificativa para esses números altos de cesárias em todo Pais” conta Tatiana Oliveira, diretora do Sindicato.
Você sabe o que é parto humanizado?
È aquele em que as decisões da mulher são levadas muito mais em conta do que em um parto convencional. Isso significa deixar a natureza fazer o seu trabalho, realizar um mínimo de intervenções médicas e apenas as autorizadas pela gestante – sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê. Para isso acontecer, é preciso que ambos estejam bem e saudáveis, sem nada que exija cuidados extras.
Porém, em pesquisas feitas em todo país, estima-se que quase um milhão de mulheres de todos os anos são submetidas á cesárea sem indicação obstétrica adequada.
Segundo o Ministério da Saúde, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na rede privada, enquanto na rede publica o porcentual chega por volta de 40%. A cesárea quando não indicada pelo médico, ocasiona riscos a saúde da mulher e o bebê aumentando em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplicando o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados a prematuridade.
Debate sobre parto humanizado e violência obstétrica
Dia 25/03 (quarta-feira) | 18h30
Auditório do Complexo Cultural Bancário
Rua 28 de setembro nº 1210, entre Doca e Quintino
Fonte: Bancários PA
