“Edinaldo Palheta, presente!” foi antecedido por um minuto de silêncio em memória a um dos bancários de luta do Quadro de Apoio (QA) que faleceu em fevereiro desse ano vítima da COVID-19, e que se estivesse vivo e com saúde, certamente estaria presente na primeira manifestação do ano do QA, na manhã desta quarta-feira (26), no mesmo lugar de quase sempre: a matriz do Banco da Amazônia na capital paraense.
“Desde que ouvimos a decisão do banco em extinguir com o Quadro, nós fomos contra. E de lá pra cá, desde o final de 2021, viemos num processo de luta permanente onde tivemos que enfrentar um dia muito difícil, no mês de junho, que foi quando o banco apresentou a carta de demissão aos empregados, e que nós fizemos a nossa manifestação política aqui na porta desse banco, dizendo que nós não aceitávamos, como nós não aceitamos essa medida de demissão compulsória, arbitrária e injusta.”, lembra o diretor do Sindicato e membro do Quadro de Apoio, Sérgio Trindade.
A liminar, concedida pela ação judicial do sindicato do ano passado, que impede as demissões do QA segue mantida, enquanto isso, as entidades sindicais e os membros do Quadro aguardam a audiência marcada para o dia 15 de junho para que, nas oitivas, as partes e testemunhas possam ser ouvidas.
“Nossa busca pela retomada do diálogo com a direção do banco também continua, mas de qualquer forma a direção que está aí sabe que está com os dias contados e não tem que tomar nenhuma decisão estratégica a respeito do Quadro de Empregados, do Quadro de Apoio, e qualquer outra questão do banco também. Entendemos que o quê for estratégico tem que ser a nova gestão a tomar a decisão”, explica a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.
Enquanto isso, Sindicato e Fetec-CUT/CN persistem em outras frentes de luta como a feita em Brasília, com intermédio do mandato da deputada federal, Érica Kokay (PT-DF), que conseguiu audiência, no dia 30 de março, entre as entidades e a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST, para debater a situação do Quadro de Apoio.
Naquele dia, a SEST se comprometeu em fazer contato com o Banco da Amazônia para apurar mais informações sobre o que foi apresentado pelo Sindicato e Federação na referida reunião do dia 30. Ficou combinado também que as entidades formalizariam as informações apresentadas durante a audiência, o que seria mediado pelo mandato da deputada Érica Kokay, porque o órgão possui um canal de relação com os parlamentares, para formalizar os procedimentos internos e com o Banco da Amazônia.
“Esse momento de luta, esses momentos presenciais aqui em frente ao banco, numa manifestação com adesão de todos vocês, é importante para que a direção perceba, é importante para que os demais colegas do banco percebam que nós estamos engajados e que não vamos deixar passar isso em vão”, destaca o representante dos empregados no Conselho de Administração do Basa, Inálio Vieira Cruz.
Fonte: Bancários PA
