Programa Pé de Meia é pauta de reunião entre Sindicato e Superintendência da Caixa no Pará

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Agências superlotadas são quase sinônimo de extrapolação da jornada de trabalho. O programa Pé-de-Meia, do Governo Federal, lançado no último dia 4 e que beneficiará 187 mil estudantes só no Pará, foi um exemplo na prática de unidades superlotadas e bancários e bancárias fazendo jornadas de mais de 10 horas por dia. Alguns denunciaram o problema ao Sindicato que na quinta-feira (4) reuniu-se com a Superintendência Regional da Caixa em busca de medidas para resolver ou minimizar os transtornos.

Após reunião, presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira (vestido) e diretor do Sindicato, Everton Cunha (camisa azul) percorreram a agência São Brás para ver de perto o atendimento do programa

“O programa é uma excelente iniciativa para diminuir a evasão escolar, mas ele não deveria ter sido pensado de forma única, uma vez que o pagamento é feito pela Caixa Econômica; mas como isso não ocorreu, deu no que deu e foi preciso uma reação rápida para não vermos as cenas do início do mês se repetirem por mais dias. Por isso a reunião; para ouvir o banco e pensar em estratégias para agilizar o atendimento, e que felizmente já estavam sendo tomadas, a partir de uma iniciativa que veio de uma das Superintendências Executivas de Varejo aqui do Pará e que foi adotada nacionalmente. De qualquer forma, fica aqui o nosso repúdio a forma que a Caixa e o Governo Federal montaram o calendário de pagamento, que penalizou os empregados e empregadas na ponta mais uma vez. É a saúde e a vida de cada um e cada uma que é afetada. Nosso Sindicato também levou esse tema para mesa nacional com a Caixa, pois recebemos imagens de todo estado das filas enormes”, conta a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

A medida conseguiu reduzir significamente o tempo de atendimento, de até 20 minutos para 2 a 4 minutos; depois que foi reduzida a quantidade de dados da ficha de cadastro dos estudantes para a abertura da conta digital, tornando o documento mais simples e dinâmico; além disso, deixou de ser necessária a atualização do responsável pelo aluno (a) menor de idade em todos os atendimentos; e como alternativas para agilizar o atendimento tokens foram usados, que são dispositivos eletrônicos geradores de senhas; bem como biometrias.

“Em todo o Pará, apenas duas unidades não possuem kit de biometria o que, de certa forma, permite que gradativamente haja o cadastro e esse cliente não precise retornar para atendimento presencial. Outra medida da Caixa, apenas na Região Metropolitana de Belém, foi destacar bancários e bancárias de uma unidade para outra conforme a demanda; o que infelizmente não foi possível de ser estendido para o interior por conta do calendário reduzido e o tempo de deslocamento”, explica o dirigente sindical, Everton Cunha, que também é bancário da Caixa.

Como o pagamento vai ser mensal, a superlotação pode voltar a ocorrer uma vez que nem todos os estudantes atendidos pelo programa são correntistas do banco. “Por isso pedimos aos colegas que se os transtornos voltarem que informem imediatamente ao Sindicato”, orienta Tatiana Oliveira.

Uma das sugestões apresentadas pela entidade sindical, é que a Superintendência volte a procurar a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) para ajudar na disseminação correta de informações, haja vista que muitos estudantes vão às agências sem saber se são público alvo, ou mesmo sem os documentos necessários, bem como informá-los outras formas digitais de receber o benefício.

Quem pode participar?

Para participar do Pé-de-Meia, o estudante não precisa se inscrever, basta ter CPF, estar matriculado até abril de 2024 em uma escola pública cursando o ensino médio e fazer parte de uma família beneficiária do Programa Bolsa Família. Se o estudante cumprir todos os requisitos e for selecionado pelo MEC para participar do Programa, a CAIXA vai abrir uma conta digital em nome do estudante, que pode ser acessada pelo App CAIXA Tem.

Caso o estudante já tenha conta CAIXA Tem ativa, não será necessária abertura de nova conta para crédito do incentivo, desde que sejam do tipo Poupança Social Digital ou Poupança CAIXA Tem, e que estejam em nome do estudante.

Para estudantes com menos de 18 anos, o Responsável Legal deve autorizar a movimentação da conta pelo App CAIXA Tem, por meio da opção “Programa Pé-de-Meia” – “Permitir acesso a um menor”, ou em uma agência da CAIXA.

No App CAIXA Tem, caso o Responsável Legal seja o pai ou mãe do estudante, será necessário que este realize o upload do RG do estudante.

Caso o Responsável Legal não seja o pai ou a mãe do estudante, a jornada de consentimento deverá ser realizada em uma agência da CAIXA.

Com o Pé-de-Meia, os alunos receberão um pagamento mensal de R$ 200, além de um bônus anual de R$ 1.000. Segundo as regras do programa, que é coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), o valor será pago por dez meses a cada ano e podem ser sacados a qualquer momento pelo estudante. Já os R$ 1.000 pagos ao fim de cada ano letivo, só podem ser usados pelo jovem após sua formação no ensino médio. A contrapartida é que o aluno frequente pelo menos 80% das aulas.

 

Fonte: Bancários PA com Agência Brasil e Caixa

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