Quadrilha promove assaltos simultâneos em Uruará

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Uruará---flagrante-da-fuga-após-os-assaltos-ao-BB-e-Banco-da-AmazôniaPelo terceiro ano consecutivo, as agências bancárias de Uruará, no sudoeste paraense, são vítimas da mesma modalidade de assalto: o vapor, crime que é praticado com destruição de agências a peso de bala, e com a utilização de bancários e clientes como reféns.

Em 5 de fevereiro de 2013, e em 31 de março de 2014, a agência do Banco do Brasil de Uruará foi assaltada nessa mesma modalidade de crime bancários. Agora nessa quarta-feira, 10 de junho de 2015, por volta de 13h40, uma quadrilha de aproximadamente 10 homens encapuzados e com armamento de grosso calibre, invadiu novamente a cidade em 3 carros e praticou vapor simultâneo nas agências do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia.

Uruará---marcas-deixadas-do-assalto-simultâneo-no-BB-e-Banco-da-AmazôniaCom os tiros, vidraças das fachadas das unidades bancárias foram estilhaçadas. Um dos vigilantes da agência do BB ficou ferido. Clientes e bancários foram utilizados como escudo humano na frente das agências durante o assalto, para dificultar a ação da polícia.

Dentre os reféns que lotaram os fundos dos carros utilizados no assalto, havia duas bancárias do Banco do Brasil e uma do Banco da Amazônia. Elas foram libertadas na Rodovia Transamazônica, a cerca de 6 quilômetros do local do assalto.

Uruará---carro-utilizado-no-assalto-foi-incendiado-para-dificultar-a-ação-policialDurante a fuga os assaltantes atearam fogo em um dos veículos, em cima de uma ponte, dificultando a perseguição policial. Além dos valores em dinheiros, a quadrilha também roubou armamento dos vigilantes das agências bancárias.

Ação sindical – O Sindicato dos Bancários, após várias tentativas, conseguiu contato com um funcionário do Banco do Brasil que falou emocionado sobre o caso.

“Essa foi a terceira vez consecutiva que passo por essa mesma experiência de assalto, é uma sensação terrível, nós funcionários vivemos com medo, é uma situação muito difícil”, afirmou o bancário.

Pelas informações apuradas pelo Sindicato, ambas as agências estão fechadas por tempo indeterminado. No BB, a Superintendência e a Gepes fizeram contato para disponibilizar atendimento médico e psicológico aos bancários. O Sindicato não conseguiu contato com o Banco da Amazônia para saber sobre os procedimentos que foram tomados para esse caso.

“Vamos acompanhar de perto esses casos de assalto simultâneo em Uruará, principalmente no que diz respeito à emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), para assegurar todos os direitos dos bancários e bancárias que viveram essa triste situação, que deixa profundas marcas na saúde do trabalhador, da mesma forma que iremos cobrar providências enérgicas dos bancos e do Governo do Estado para melhorar a segurança na cidade, pois não é possível que a mesma modalidade criminosa seja praticada há três anos consecutivos contra os bancários, clientes e usuários dos bancos de Uruará”, afirma o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.

Violência cresce – Em 2015, o Sindicato dos Bancários já contabilizou 36 ocorrências de violência contra bancos até 10/06/2015, sendo 24 consumados e 12 tentativas. Em 2014, nesse mesmo período de 1º de janeiro à 10 de junho, a entidade sindical registrou 24 ocorrências (15 assaltos e 9 tentativas), o que mostra um crescimento de 15% nos índices de assalto a bancos no Pará.

“É com indignação que o Sindicato dos Bancários do Pará acompanha mais um caso de assalto na modalidade vapor, dessa vez de forma simultânea, em duas agências bancárias de Uruará. E o que mais causa indignação é a inoperância dos bancos e do Governo do Estado, pois a mesma história se repete por três anos consecutivos e eles não fazem nada para melhoria da segurança bancária e da segurança pública no Pará. Enquanto isso, a sociedade paraense e a categoria bancária vivem acuadas pelo medo e pela insegurança. Os bancos e o governo precisam assumir a sua responsabilidade, e não iremos descansar até que isso se torne realidade”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

 

Fonte: Bancários PA

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