Reunião com o Superintendente da SUDAM, renova a esperança do Quadro de Apoio do Basa

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E foi na manhã da última terça-feira, 29, na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, que o Sindicato, AEBA, mais uma comissão de membros do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia reuniram-se com Paulo Rocha, Superintendente da SUDAM, para tratar sobre a arbitrária decisão do Basa em manter a demissão do pessoal do Quadro.

Da esquerda para direita: Jorge Frota (diretor SUDAM e bancário do Banco da Amazônia); Paulo Neves (membro do Quadro de Apoio); Vera Paoloni (vice-presidenta do Sindicato); Paulo Rocha (superintendente da SUDAM); Tatiana Oliveira (presidenta do Sindicato); Sérgio Trindade (membro Quadro de Apoio e diretor do Sindicato); Cristiano Moreno (diretor jurídico do Sindicato); Rubem Tabajara Pinto (membro do Quadro de Apoio); Sandra Sobral (membra do Quadro de Apoio) e Gilson Lima (presidente da AEBA).

Para a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, é inadmissível que o banco permaneça com uma decisão tomada no governo anterior, que perseguiu funcionários, funcionárias, empregadas e empregados públicos. “Nossa crítica é que essa decisão pela demissão foi tomada no outro governo, de fome e morte. Hoje o governo é outro e a nova direção do Basa não pode legitimar essa decisão”, explicou.

Uma das preocupações das entidades, é que os membros e membras do Quadro de Apoio continuam a exercer o trabalho no banco por conta de uma liminar que impede que as demissões sejam efetivadas. “O banco diz que topa negociar, mas somente na forma de demissão. Pra gente isso não é diálogo de verdade, pois a premissa continua sendo a extinção do QA. Toda semana, a cada audiência a gente fica numa aflição, porque se a liminar cair, o pior pode acontecer”, continuou Tatiana.

A reunião foi um pedido de interlocução política para que Paulo Rocha sensibilize a administração federal sobre a necessidade de não haver demissões em massa no Governo Lula, sobretudo de empregados públicos, e que os funcionários e funcionárias do Basa continuem dignamente em seus postos de trabalho. Lembrando que o Banco da Amazônia, hoje, é um banco que possui diversos problemas, como a baixa adesão à previdência complementar e um grande número de pessoas sem plano de saúde.

“Pra gente é inaceitável o desligamento de empregados públicos concursados de forma compulsória e imotivada, seguiremos firmes e incansáveis buscando garantir o direito ao emprego dos colegas do Quadro de Apoio”, reiterou Cristiano Moreno, diretor jurídico do Sindicato e bancários do Banco da Amazônia.

Sergio Trindade, Paulo Neves, Rubens Tabajara Pinto e Sandra Sobral, todos do quadro de Apoio, disseram o quanto tem sido difícil lidar com essa política do medo constante de ser demitido a qualquer momento.

“A luta contra a demissão do Quadro de Apoio vem desde seu anúncio pelo banco no final do ano de 2021. Seguimos usando todos os recursos jurídicos, políticos, e com a mobilização da categoria para barrar essa arbitrariedade que só traz intranquilidade, desrespeito e adoecimento aos 144 empregados e empregadas. Essa reunião com Paulo Rocha, é mais uma ação das entidades que formam a frente dessa luta, no sentido de contar com a sua intermediação política junto ao governo federal”, disse Sergio que tmabé é diriginete da Fetec CUT/CN.

“Em todos esses anos, desde o século passado temos vivido um acúmulo e desvio de função enorme. Realizando muitas tarefas que não são nossas, e sem ser valorizado por isso, pelo contrário, agora querem demitir a gente”, disse Paulo.

“Tá um terrorismo no banco. Os colegas estão adoecidos. Hoje tem emprego, amanhã a gente não sabe. Ainda temos que lidar com os olhares, os risos, os comentários. Não tá fácil”, contou Rubens.

“A gente entrou no banco e o banco foi dizendo que nosso trabalho foi ficando obsoleto, e nos foi mandado realizar outras funções. Um desvio de função de anos que não nos recusamos a fazer. Aí agora isso, nos aplicando de surpresa um aviso prévio coletivo. A gente se sente muito ferido porque estamos trabalhando e do nada o banco decidiu que a gente vai sair sem nenhum respeito, sem cuidado, e a gente se doando todos os dias, dando o nosso melhor pro crescimento do banco”, Sandra Sobral em um desabafo emocionada.

O Superintendente, solicitou novas informações às entidades, afirmando que buscará a interlocução com o Banco e a administração federal, no sentido de buscar uma saída que garanta o respeito aos trabalhadores.

 

Paulo Rocha falou ainda sobre a necessidade de conversar sobre o desenvolvimento da Amazônia com o conjunto da sociedade, fortalecendo a atuação do estado brasileiro na região. “Precisamos de um olhar amazônida sobre os nossos desafios”, concluiu.

Ao final, as entidades se comprometeram em realizar o que foi pedido, e afirmaram que estarão a postos para continuar na luta pela garantia dos empregos.

Quadro de Apoio, resiste!

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