Sindicato dos Bancários e Caixa visitam agência barco Ilha de Marajó para verificar condições de trabalho

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Teve início nesta terça-feira (7) a visita técnica para verificar as condições de trabalho na agência barco Ilha do Marajó, no Pará. O trabalho prossegue até quarta-feira, 8 de julho, e será acompanhado por dois diretores do sindicato dos bancários no estado e empregados do banco, Heider Costa e Tatiana Oliveira. A participação desses dirigentes sindicais na visita foi reivindicada durante a última mesa de negociação permanente ocorrida no dia 26 de maio.

Os problemas nessa agência barco vem sendo denunciados pelo Sindicato desde o início deste ano. Em fevereiro foi encaminhado ofício à superintendência da Caixa Econômica Federal no Pará solicitando providências para resolver questões relacionadas à estrutura física, de pessoal e segurança.

Entre os problemas elencados pela entidade sindical estão a potência insuficiente do motor para o tamanho da embarcação. Algumas viagens estão sendo realizadas no período noturno, contrariando o próprio normativo da empresa, MN RH 164, item 3.4.4, que determina que as viagens sejam realizadas sempre durante o dia.

O horário noturno tem sido escolhido para aproveitar a ausência de correntes de vento e assim amenizar o problema da potência insuficiente do motor da embarcação que não garante a realização de manobras na baía e nem a condução da embarcação na velocidade adequada. As viagens estão demandando tempo três vezes maior que as viagens realizadas pelas embarcações de passageiros de porte similar ao do PA Ilha do Marajó.

“Essa situação aumenta o risco no deslocamento dos empregados, que nas viagens noturnas tem que embarcar às 22h ou 23h, conforme relatos e cronograma definido pela Superintendência e também aumenta o risco de choque da embarcação com bancos de areia e demais obstáculos, além de expor a embarcação ao ataque de piratas que atuam nos rios da região”, destaca o diretor de Bancos Federais e empregado da Caixa, Heider Costa.

Os trabalhadores cobram também da Caixa melhorias na estrutura funcional. Segundo Heider, os empregados estão sendo prejudicados em decorrência do PA Barco não estar sendo enquadrado na cláusula 6ª do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, o qual prevê o pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 empregados.

As demandas por produtos e serviços aumentaram consideravelmente, ocasionando longas filas desde a madrugada e a impossibilidade de atendimento a todos os clientes no final expediente, ou seja, devido a limitação de horas a trabalhar e aos períodos a compensar, o tempo de atendimento nas localidades tem sido bem menor que o necessário. Além disso, os empregados acabam tendo que compensar horas durante o período em que passam embarcados, o que se torna ainda mais oneroso para a própria empresa.

Outra preocupação é a saúde e a segurança do trabalhador. Foi verificado, durante visita técnica feita pelo Sindicato, que a unidade não possuía mapa de riscos no ambiente de trabalho. Verificou-se, por exemplo, que o nível sonoro do ambiente com o motor da embarcação ligado é alto e que certamente está bem acima dos padrões estabelecidos pelas normas de conforto acústico.

“Contamos com a sensibilidade dos gestores da empresa para resolução das questões apresentadas e para a manutenção do funcionamento da agência em condições adequadas de trabalho para seus funcionários”, destaca Heider Costa.

Fonte: Fenae Net

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