“O que mais te aborrece dentro de uma agência bancária?”. A resposta à enquete foi quase unanimidade: as filas; e a solução para o problema, que é diário em todos os bancos, vinha como complemento: contratação de mais bancários e bancárias.
Foi com essa simples e rápida abordagem que os diretores e diretoras do Sindicato dos Bancários do Pará coletaram mais de 100 assinaturas de clientes e usuários do Santander em apenas 1h na frente da matriz do banco na capital, na manhã desta quinta (22).
“Somos contra a política de gestão adotada pelo atual presidente do banco no país, que prioriza o corte de custos através das demissões, o que leva à precarização do atendimento à população. Não é à toa que por oito meses consecutivos do ano passado, o banco espanhol liderou o ranking de reclamações do Banco Central. O que não foi diferente nos três primeiros meses desse ano. A solidariedade dos clientes e usuários é uma força a mais que contamos nessa mobilização nacional e a prova que a insatisfação não é só do funcionalismo”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
– O Santander passou de 27,3 milhões de clientes em 2012 para 30 milhões no ano passado, um aumento de 10%. Na contramão, o número de funcionários que era 53.484 em março de 2013, caiu para 48.651 em março deste ano.
O aumento no número de clientes, assim como as demissões e o fechamento de agências, não ajudou nos resultados do banco que experimentou queda de 9,7% do seu lucro entre 2012 e 2013.
“Como se não bastassem todos esses problemas, o desrespeito aos funcionários é outra marca do Santander aqui no Brasil que paga 146 vezes o salário anual de um escriturário a um alto executivo, em números isso quer dizer que o ganho anual do executivo gira em torno de quase 5 milhões, já do escriturário não chega aos 40 mil reais. A política de demissões não bate com a realidade do banco aqui no país que é responsável por 20% do lucro mundial”, explica o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Márcio Saldanha.
O manifesto nacional também pede a redução das tarifas e o fim das demissões. O documento será entregue ao presidente do Santander Brasil, Jesus Zabalza, no próximo dia 27 de maio durante um ato nacional de ocupação da torre do banco em São Paulo.
Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT
