A luta contra o plano de reestruturação do Banco do Brasil não para. Após a manifestação em frente à superintendência do banco, em Belém, o Sindicato dos Bancários foi ao Ministério Público do Estado (MPE), junto com a Associação Empresarial Pró-Turismo de Mosqueiro e a assessoria jurídica da vereadora Marinor Brito (PSOL), para reunir com o promotor de justiça do consumidor, Marco Aurélio Lima, que demonstrou-se solidário à causa apresentada: o não fechamento da agência do BB em Mosqueiro.
No encontro, o Sindicato e a Pró-Turismo mostraram ao procurador os prejuízos que o fechamento da agência de Mosqueiro representaria para a população e para a economia da maior ilha de Belém, e solicitaram o apoio do Ministério Público na luta pelo não fechamento da referida unidade bancária.
“Não há agência bancária deficitária no Pará, e a do Banco do Brasil em Mosqueiro atende uma demanda muito grande de clientes e usuários, movimenta muitos negócios e fomenta investimentos em diversas áreas, como o comércio, turismo, navegação, agropecuária. Hoje Mosqueiro possui apenas três unidades bancárias, sendo duas agências e um Posto de Atendimento, sendo a do Banco do Brasil a maior delas. O fechamento dessa unidade e a transferência do atendimento para Benevides, Marituba e Ananindeua seria um golpe sem precedentes na economia do lugar. Precisamos do apoio do MPE nessa luta pelo não fechamento da agência do BB em Mosqueiro”, argumentou o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Gilmar Santos.
“É um absurdo o Banco do Brasil querer fechar a agência de Mosqueiro. O Turismo é um dos setores que mais movimenta a economia da ilha, principalmente no veraneio de julho e nesse período de final de ano e sem essa agência perderemos, e muito, em termos de negócios. O turista não sente seguro, a população do lugar fica desamparada, o empresário desmotivado e Mosqueiro ficará ainda mais abandonada. Eu sou um que provavelmente deverei fechar meu hotel e terei que procurar outro lugar para trabalhar, que é o que não queremos pelo carinho que temos por aquela ilha. O Banco do Brasil não pode sair de Mosqueiro”, apela o empresário Antonio Menezes, que faz parte da Associação Pró-Turismo.
Ato nessa sexta (9) em Mosqueiro e audiência pública segunda (12), às 9h na Alepa
O Sindicato aproveitou a oportunidade para informar que fará atos públicos em frente a agência do Banco do Brasil em Mosqueiro nessa sexta-feira (9) e nos dias 14 e 20 de dezembro, e que na segunda-feira (12), às 9 horas, haverá audiência pública no auditório João Batista da Assembleia Legislativa (Alepa), para tratar sobre os impactos da reestruturação do Banco do Brasil no Pará e o fechamento de agências.
“Queremos o apoio de toda a sociedade para essa luta. Precisamos de muita gente envolvida nessas mobilizações, principalmente em Mosqueiro, onde o fechamento da agência do Banco do Brasil representa um prejuízo sem precedentes. Contamos com o apoio da população e do setor produtivo de Mosqueiro nas mobilizações que faremos nesse mês lá na ilha e temos certeza que essa unidade poderá barrar a reestruturação que o governo golpista de Michel Temer quer aplicar contra os bancos públicos e a sociedade brasileira”, destacou o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Fábio Gian.
“No que depender de nós, vamos colaborar sim, porque essa luta também é nossa. Já conseguimos quase duas mil assinaturas em um abaixo-assinado que colocamos nas ruas de Mosqueiro no dia de hoje, e ao lado do Sindicato dos Bancários essa luta pelo não fechamento do Banco do Brasil na nossa ilha será fortalecida e conseguiremos ser vitoriosos. Vamos tentar trazer alguns ônibus de Mosqueiro para lotar essa audiência pública na Alepa segunda-feira (12) e estaremos junto com os bancários nessa mobilização de sexta-feira, dia 9, lá em frente à agência do Banco do Brasil”, afirmou o membro da Pró-Turismo de Mosqueiro, Walter Lambreta.
Fonte: Bancários PA
