Sindicato visita agência do BB em reforma e constata péssimas condições de trabalho

0

Reforma tem causado transtornos aos bancários e clientesPoeira, barulho e muito calor. As duas últimas semanas têm sido assim para os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil em São Miguel do Guamá. Desde quando a agência foi explodida por criminosos em setembro do ano passado, os dias de trabalho são de muito transtorno não só para os funcionários, mas também para clientes e usuários da unidade.

Mais de um ano depois do crime, bancários estão até agora sem local de trabalho adequado e a população sem uma agência decente para ser atendida. “É insuportável trabalhar Bancários e bancárias tinham que trabalhar em meio as obrasem meio a tanta poeira e barulho. Para nós um ambiente de trabalho saudável é aquele que nos permite, após o expediente, chegar em casa e poder desfrutar as horas de descanso com a família e não descarregar neles o estresse do trabalho; o que infelizmente tem ocorrido”, desabafa um dos bancários.

Na semana seguinte da explosão, ele e os demais colegas de trabalho foram deslocados para as agências mais próximas que ficam em Santa Maria do Pará e Irituia. A rotina de viagens a trabalho durou até o mês de março desse ano quando o banco providenciou uma agência provisória no mesmo endereço da anterior que fica às margens da BR 316; enquanto isso, a reforma da unidade, mais de seis meses depois do incidente, ainda não havia começado. As obras no local tiveram início a partir do mês de julho.

Fiação elétrica exposta“O espaço onde estávamos, mesmo sendo pequeno, dava pra trabalhar. Lá o barulho e a poeira não incomodavam, mas desde a semana passada, fomos transferidos para os fundos da agência em reforma e os transtornos ficaram ainda maiores, até alagamento a gente já presenciou quando chove. A refrigeração, por exemplo, só foi providenciada hoje, mas uma das máquinas já teve que ser desligada porque começou a pingar em cima do armário onde ficam documentos importantes. Apesar de todos esses problemas a gente tem se esforçado para apresentar os resultados, porém o meu sentimento é de que não estamos sendo respeitados como merecemos. O ideal era estarmos em outro prédio”, relata outra bancária.

“Devido à reforma nem todo tipo de atendimento está sendo feito aqui e quando vamos explicar para o cliente que ele precisa se dirigir a outro município ele não entende. Eu inclusive já fui xingado várias vezes, sendo que a culpa por tudo isso aqui não é nossa”, conta um funcionário.Até uma das centrais de ar está com problemas e precisa ser substituída

Cansados de tantos transtornos e sem expectativa para o cumprimento do prazo de entrega da nova agência, os bancários e bancárias procuraram o Sindicato para pedir ajuda. Na última terça-feira (12), o diretor da entidade que também é funcionário do BB, Gilmar Santos foi até São Miguel do Guamá para se reunir com os trabalhadores. Um representante da superintendência do banco também esteve presente na reunião. Após horas de conversa, em alguns momentos de tensão, a maioria dos bancários decidiu repetir o deslocamento de cinco meses atrás.Devido as reformas, bancários paralisaram as atividades por dois dias

A primeira sugestão dos trabalhadores foi de continuar no mesmo local, mas que as obras fossem realizadas durante a noite e madrugada. Porém os representantes do banco imediatamente disseram que isso não seria possível, pois atrasaria ainda mais o prazo de entrega da obra previsto para o dia 31 de dezembro. O deslocamento foi a segunda opção, que apesar de o banco não concordar, acatou a decisão da maioria dos bancários.

“Infelizmente a segurança e saúde dos trabalhadores não são prioridade para o Banco do Brasil, pois se fossem os bancários não estariam trabalhando nessas condições. O ideal era que as obras não ocorressem durante o expediente bancário, pois até o deslocamento causa transtornos. Por esse motivo, o Sindicato também registrou uma denúncia dessa situação à Superintendência Regional do Trabalho em Castanhal, mas de cara nem precisa ser técnico em segurança do trabalho para condenar o local onde os bancários estão. Só a poeira em si já é um mal silencioso, onde as consequências podem vir a médio e longo prazo, sem contar o barulho. Contudo, o banco não enxerga que sai mais barato oferecer agora uma melhor estrutura para seus funcionários, do que lá na frente ter que arcar com o adoecimento do trabalhador”, afirma Gilmar Santos. “Os esforços do Sindicato para resolver essa situação o mais rápido possível não terminam aqui, já solicitamos a visita do Sesmt”, finaliza.
Prazo inicial era de 120-dias

Assim como os bancários, os clientes e usuários do BB em São Miguel do Guamá terão que se deslocar para outras agências mais próximas em busca de atendimento até o final do ano, data prevista para a entrega da nova unidade em São Miguel.

Denuncie – Se no seu local de trabalho a situação é semelhante a de São Miguel do Guamá ou existem outros problemas como assédio moral, denuncie ao Sindicato via e-mail comunicacao@bancariospa.org.br ou telefone (91) 3344-7799, para que a entidade possa tomar as medidas cabíveis imediatamente. A sua identidade será preservada.


Fonte: Bancários PA

Comments are closed.