Solidariedade: Em tempos de pandemia sindicalismo virou sinônimo também de ajuda ao próximo

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Sindicalismo vai muito além do trabalho de base, em tempos de pandemia sindicalismo virou sinônimo também de solidariedade, seja através do projeto ‘Sindicato Solidário’ ou de apoio a iniciativas que façam a comida chegar mais rápido à mesa daqueles que têm fome; como em São João do Araguaia, sudeste do Pará, quando 150 famílias, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, receberam cestas básicas nos dias 23 e 24 de fevereiro.

“Esta nova remessa que a gente recebeu teve uma parceria muito importante na articulação com o Sindicato dos Bancários que somou com a gente na hora de arrecadar, e mais uma vez ser apoiado pela Fundação Banco do Brasil. As cestas elas são advindas de produtos da agricultura familiar. Nessa nova remessa a gente tem duas mil cestas básicas pra serem entregues em oito municípios aqui do Estado (Baião, Mocajuba, Cametá, Itupiranga, Marabá, São João do Araguaia, São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia). Na região de Marabá são cinco municípios”, explica a presidenta da Associação de Defesa à Vida e ao Meio Ambiente (Adevima), Gildene de Freitas.

A parceria entre a Associação e a Fundação Banco do Brasil e a Petrobrás surgiu em meio a uma das maiores crise sanitárias que o mundo já viveu e que desencadeou outros problemas socioeconômicos, como o desemprego e a fome.

A Adevima entrou com o desejo de ajudar famílias de baixa renda no Pará e nas buscas de como realizar tal anseio, encontrou o edital da Fundação Banco do Brasil, que “há 36 anos contribui com a transformação social dos brasileiros e com o desenvolvimento sustentável do país. Nos últimos 10 anos, foram R$ 2,7 bilhões em investimento social e mais de 3,6 milhões de pessoas que tiveram suas vidas valorizadas e suas realidades transformadas”.

Da vontade à ação foram alguns meses de espera, mas até a comida chegar na mesa, outros itens essenciais à sobrevivência dessas famílias começaram a faltar, como o gás de cozinha que subiu de valor 300% e, atualmente, consome quase toda a renda dos brasileiros e brasileiras, especialmente os que vivem com um salário mínimo, de R$1.212,00.

“A gente já ouviu de algumas famílias a realidade, com o custo de gás, de estarem há mais de dois meses cozinhando na lenha. A gente teve esse relato durante a entrega numa comunidade na zona rural”, desabafa a presidenta da Associação, Gildene de Freitas.

Junto com as cestas básicas, as 2.000 famílias dos oito municípios paraenses também receberão um vale gás no valor de R$ 100,00. A quantia, mesmo sendo mais de 50% do valor do produto, não é o suficiente para comprar o gás de cozinha e quando os beneficiários não têm o complemento, a Associação entra em cena mais uma vez. “A gente está articulando pra que a gente consiga contrapartida dos municípios para que as famílias não tenham nenhum custo na hora de retirar o botijão”, conta Gildene.

Rede de solidariedade com geração de renda

A entrevista ocorreu em meio as cestas que estavam sendo montadas e exalavam uma mistura de cheiros agradáveis de abacaxi, banana e abóbora. É que diferente de todas as outras cestas básicas que já viste por aí, as da Adevima, são quase 100% de produtos da agricultura familiar, in natura, com exceção do detergente líquido e parte do açúcar.

“O açúcar foi porque não encontramos um produtor local que pudesse entregar todo o pedido a tempo, e o detergente, que faz parte dos requisitos propostos pela Fundação, de pelo menos um item que seja de material de limpeza, não achamos quem produzisse toda a demanda de forma artesanal. Do resto, todos os demais nove itens são orgânicos: feijão, farinha, arroz, tapioca, banana, abacaxi, abóbora, macaxeira e milho. Então assim, as famílias sempre recebem de muito gosto as cestas por elas terem esse diferencial de não ser só de produtos industrializados, mas ter produtos locais, que é uma forma também de contribuir com a geração de renda dessas famílias que nos repassam os produtos”, conta Gildene de Freitas.

Enquanto os alimentos e o material de limpeza eram organizados, os dirigentes do Sindicato em Marabá e região, Heidiany Moreno e Wellington Araújo, aguardavam a chegada do transporte que levaria as doações até às comunidades do município para mais uma vez, e dessa vez literalmente estenderem as mãos durante a distribuição das cestas básicas.

“Isso aqui é mais uma prova que o nosso Sindicato dos Bancários não é um sindicato engessado dentro de uma sociedade que cada vez mais precisa ser solidária. Hoje a gente está aqui com a Adevima, com o MAB, em parceria com a Associação Banco do Brasil, com a Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Petrobras. Aqui são várias cestas básicas, e, também tem o vale gás; uma articulação do Sindicato dos Bancários e que a gente tem uma alegria de estar junto e acompanhar de perto todo esse trabalho, em uma verdadeira rede de solidariedade”, comenta Wellington Araújo.

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Fonte: Bancários PA com informações fbb.org.br

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