Teletrabalho e pandemia em pauta com o Banco da Amazônia

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Além desses assuntos, outros temas foram abordados pelos trabalhadores na última mesa permanente com o banco em 2021

A última mesa permanente com o Banco da Amazônia em 2021 teve como assuntos centrais o teletrabalho e medidas de segurança contra a pandemia do novo coronavírus no trabalho presencial. A reunião ocorreu na última quinta-feira 16, de forma virtual.

Teletrabalho

O decreto federal que estabelece regras para realização de teletrabalho durante o período de pandemia expira agora no mês de dezembro. A preocupação, tanto das entidades sindicais como do próprio Banco da Amazônia, é sobre o que fazer caso o decreto não seja prorrogado, tendo em vista que a pandemia do novo coronavírus ainda não acabou.

Para evitar uma convocação abrupta dos empregados que estão em teletrabalho para o trabalho presencial, tendo em vista que muitos desses bancários e bancárias integram o grupo de risco para a Covid-19, o Banco da Amazônia concordou em debater um acordo temporário para regulamentar o teletrabalho na instituição, caso o decreto federal não seja reeditado.

Atualmente, cerca de 40% dos empregados do Banco da Amazônia estão em home office, sendo que a maioria está concentrada na matriz, superintendência e centrais. Na área de Tecnologia da Informação (TI) cerca de 90% dos empregados estão em teletrabalho e a área jurídica opera com quase 100% do seu quadro em home office.

“O Banco da Amazônia concordou com nossa reivindicação e sugeriu que nós apresentemos uma proposta de minuta para estabelecermos um acordo temporário sobre o teletrabalho, mas também há interesse de iniciar as discussões sobre esta modalidade de trabalho no pós pandemia, como já ocorre no Banco do Brasil, Bradesco e está em debate na Caixa. As preocupações das entidades giram em torno da necessidade de anuência dos empregados, além de estabelecer um controle sobre a jornada de trabalho, ajuda de custo e fornecimento de equipamentos adequados ao home office. São pontos que precisam levar em conta as especificidades do Banco da Amazônia, porque todos os bancos têm as suas nuances, sua dinâmica própria”, afirma o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Os debates em torno desde tema seguirão nas mesas de negociação específica com o Banco da Amazônia em 2022.

Prevenção à Covid-19 no trabalho presencial

O Banco da Amazônia afirmou que, antes da publicação do novo decreto estadual sobre regras de prevenção à Covid-19 em espaços públicos e privados, já vinha adotando como medida de prevenção a apresentação da carteira de vacinação de seus empregados para o retorno ao trabalho presencial e que, até agora, não houve problemas com relação a medida.

“O banco disse que quando surge a informação de algum colega que retornou ao trabalho presencial e não tomou vacina contra Covid-19, a orientação é colocar essa pessoa em teletrabalho. O banco não informou o quantitativo de pessoas que já apresentaram suas carteiras de vacinação, mas que muitas pessoas já fizeram isso e que que o Banco tem interesse em fazer esse controle, para que não tenhamos pessoas em risco de contaminar os demais no trabalho presencial”, informa Sérgio Trindade.

Agência Abaetetuba

O Sindicato dos Bancários do Pará apresentou a denúncia de uma situação identificada durante a recente caravana na cidade de Abaetetuba, onde os dirigentes sindicais presentes na atividade observaram que na agência do Banco da Amazônia no município havia empregados que estavam isolados, sem receber demandas de trabalho, por se enquadrarem dentro do acordo dos colegas que serão desligados por terem 70 anos ou mais.

“Denunciamos esse caso ao Banco da Amazônia em busca de providências. Nosso pedido foi acatado e a comissão de negociação do banco informou que a instituição não aceita e não orienta seus gestores a adotarem práticas discriminatórias. Disseram também que providências serão tomadas”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

Banco de negócios

Com a divulgação da implantação de duas unidades de negócio do Banco da Amazônia como projeto piloto, assim como a intenção do banco em querer ampliar a rede desse serviço, as entidades sindicais solicitaram aprofundar a discussão sobre o assunto em uma próxima mesa de negociação, em busca de resguardar os direitos dos empregados dessas unidades.

“Queremos tratar com mais detalhes esse assunto do Banco de Negócios, pois nosso interesse é que os empregados sejam resguardados naquilo que possa lhes garantir condições de trabalho sem prejuízos, inclusive financeiros, sobretudo quando se tratar de transferências, descomissionamentos etc. Queremos tratar melhor sobre esse assunto, pois o nosso foco é proteger os direitos da categoria dentro desses projetos de reestruturação do banco”, ressalta a dirigente da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

O banco acolheu o pedido das entidades e disse que o assunto será pautado em uma próxima reunião no início de 2022, pois o banco tem interesse e quer apresentar seu projeto e o alcance das unidades de negócio dentro do banco da Amazônia.

Saúde

As entidades sindicais cobraram do Banco da Amazônia as informações solicitadas através de ofício sobre o Programa Saúde Amazônia, mas que até agora não foram repassadas pela instituição.

O Banco respondeu que até o Natal deve entregar todos os dados que solicitados.

Concurso em 2022

O Banco informou que fará concurso público em 2022, com abertura de inscrição em janeiro para 200 vagas, entre Técnicos Bancários e Tecnologia da Informação.

 

Fonte: Bancários PA

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