A greve dos bancários e bancárias continua crescendo no Pará. O terceiro dia de paralisação por tempo indeterminado teve 62% das agências em greve e manifestações em Belém e em Marabá, no sudeste do Estado. Na capital paraense, bancários e bancárias do Banco da Amazônia se concentraram em frente à matriz do banco. Música regional e muita criatividade dos palhaços ‘banqueiros’ antecederam a mesa de negociação específica que também ocorreu na manhã de hoje.
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Giro pelo Pará – Hoje foi o dia em que todas as agências de bancos privados de Castanhal aderiram à greve. Também fortaleceu o movimento paradista nos bancos privados, a agência Generalíssimo do Bradesco em Belém. A greve da categoria ampliou também com as adesões das agências do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia em Itaituba.
Em Altamira a greve segue forte nos bancos públicos e privados, e nesse terceiro dia, o centro da mobilização foi a segurança bancária. Bancários, bancárias e funcionários de Casas lotéricas participaram de uma palestra nesta quinta-feira (20) ministrada por integrantes dos Serviços Especiais da Polícia Militar da região que 
explicaram detalhadamente sobre todos os crimes cometidos contra os bancos (sapatinho, vapor e saidinha bancária). “A palestra foi muito importante para nós bancários, pois os militares explicaram como devemos proceder em situações de risco, onde o pânico é inevitável” disse a bancária Iêda Lindoso, funcionária do Banco do Brasil.
Em Marabá, a manifestação foi em frente à agência do Banco do Brasil localizada na Folha 31 na Nova Marabá. A atitude do gerente da agência nesta quinta (20) mostrou o real interesse dos banqueiros que só visam o lucro e promovem a exclusão das classes de baixa renda. Mesmo com a agência fechada por causa da greve, o banco atendia apenas os clientes VIPs e se recusava a atender outros clientes que precisavam resolver determinados problemas como bloqueio de cartão, pagamento de conta, entre outros assuntos.
Em Santarém, na região oeste, outra cena lamentável. Uma grevista foi empurrada contra o vidro da agência durante um piquete.
“Repudiamos qualquer tipo de atitude que desrespeite o direito de greve. Nossa greve também é pensando na população que precisa ser mais bem atendida. Por isso uma de nossas reivindicações é a contratação de mais bancários e abertura de novas agências em todo o Estado, pois também exigimos melhores condições de trabalho”, afirma a presidente do Sindicato, Rosalina Amorim.
“A postura do gerente do BB aqui em Marabá prova que os bancos só visam lucros e mais lucros e excluem os clientes de baixa renda, orientado-os a buscar serviços bancários fora da agência. A população em geral merece respeito e atendimento de qualidade”, ressalta a diretora do Sindicato, Heidiany Moreno.
A superlotação e o desrespeito às leis municipais que estabelecem o tempo máximo de 20 minutos durante dias normais, e de 30 minutos nas vésperas de feriados e período de pagamento, é comum principalmente nas agências bancárias do interior do Pará, porém mais uma vez, a culpa é dos banqueiros.
“A população precisa entender que assim como eles que sofrem nas filas, nós, bancários, também somos vítimas dessa ganância absurda do setor bancário brasileiro que é um dos mais lucrativos e rentáveis do país”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Gilmar Santos.
O Sindicato orienta a população que não conseguir atendimento em uma agência bancária aberta a fazer denúncia ao Banco Central através do 0800-979-2345. A ligação é de graça.
Apoio aos bancários – Uma cliente aposentada, que preferiu não se identificar, de uma das agências do Bradesco no bairro de Nazaré, apoiou a greve da categoria. “A reivindicação de vocês é muito justa. Tomara que os banqueiros atendam logo”, disse a mulher.
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Fonte: Bancários PA
