Foram meses de espera, mais de um ano trabalhando sem parar na pandemia por fazerem parte de um serviço considerado essencial, conforme Decreto Presidencial nº 10.282, de 20 de março do ano passado.
“Meu sentimento é de satisfação e gratidão por conseguir tomar a primeira dose da vacina. Essa vacina tão esperada por todos nós e que infelizmente muitos não conseguiram tomá-la a tempo de se proteger”, define o bancário da Caixa em Breves, Mário Menezes.
A dose de esperança mistura-se ao sentimento de luto pela morte de um colega da mesma agência, vítima de covid-19, no mês passado. “Infelizmente ele não conseguiu tomar as duas doses a tempo”, lamenta o bancário.
Além de Breves, na Ilha do Marajó, bancários e bancárias de Soure, Concórdia do Pará, Marapanim e Cachoeira do Piriá receberam a primeira dose da vacina nas últimas semanas.
Pará sai na frente e avança no direito à vacina: Municípios paraenses são os primeiros da Região Norte e uns dos primeiros do Brasil a imunizar categoria
A luta pela inclusão da categoria bancária como prioridade na vacinação contra a Covid-19 começou antes mesmo da chegada das primeiras doses ao Pará. “No início de janeiro, encaminhamos ofício ao governo do Pará, prefeitura de Belém e outras prefeituras municipais com o pedido, conseguimos reuniões virtuais e apoio de parlamentares. Felizmente alguns municípios já começaram a vacinação da categoria e temos sinalização positiva de outros para as próximas semanas. Estamos longe ainda do que gostaríamos que realmente fosse, que é a vacinação em massa e para toda a categoria no Brasil, que ficou de fora do Plano Nacional de Imunização por decisão do Governo Bolsonaro. Isso só foi possível graças a nossa ação e também a iniciativa dos bancários, que pediram o ofício do Sindicato e reforçaram, presencialmente, o pedido que já havíamos feito de forma remota. É uma dose de esperança, alívio e também de força para seguirmos em busca da vacinação para toda a categoria no Pará”, destaca a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Na semana passada, um grupo de bancários e bancárias de Breves entregou o documento, produzido e assinado pelo Sindicato, ao secretário de administração e ao procurador do município, com pedido de inclusão da categoria como prioridade na imunização.
“Sentimento de alívio e de agradecimento à prefeitura de Breves por ter atendido nossa solicitação e ao Sindicato pelo apoio que deu à categoria bancária do município”, reconhece o bancário da Caixa, Fagner Miranda, que teve covid-19 em abril do ano passado. Foi ele quem fez contato com o Sindicato para pedir o ofício e mobilizou outros colegas a irem junto com ele entregar o documento.
A luta continua
Quem está na expectativa e ansioso por esse dia é o bancário do Banco da Amazônia em Conceição do Araguaia, Júlio Fernandes, que na semana passada, entregou o ofício do Sindicato ao prefeito Jair Martins (MDB). “Fomos muito bem atendidos, mas segundo o prefeito o pedido ainda não é possível de ser atendido, pois o município segue o calendário estadual. Mas ponderamos a possibilidade de conseguirmos a nossa inclusão na sobra de vacinas dos grupos prioritários. Pra essa alternativa, da xepa da vacina, demonstraram interesse e a gente vai entregar um novo ofício com a relação dos bancários a cidade”, conta o bancário.
Na agência onde Júlio trabalha, dos 12 bancários e bancárias, 9 testaram positivo para a Covid-19 e a esposa de um deles morreu. Os dados corroboram mais uma vez o que um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no ano passado, revelou: os bancos são locais de médio risco para contaminação pelo coronavírus, assim como as academias, elevadores e cinemas.
Em Igarapé-Miri, bancários e bancárias também se somaram à luta do Sindicato pela vacina e entregaram o ofício ao prefeito Roberto Pina (PT). “O prefeito foi bastante receptivo e aguardamos que os resultados sejam satisfatórios e desde já agradecemos o apoio do Sindicato”, comenta o bancário do Banco da Amazônia, Wendell Correa, que teve covid-19 em abril do ano passado. Na unidade onde ele trabalha, apenas um bancário, de um total de 8, não foi infectado.
Ajude o Sindicato na luta por vacina!
“É muito importante que os bancários façam pressão local. O Sindicato fornece o documento assinado com a solicitação para dar o respaldo necessário. Vamos dia a dia buscar a proteção que só a vacina oferece neste momento”, destaca a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Vera Paoloni.
O contato com o Sindicato pode ser feito via Whatsapp Bancário (91) 98426-1399, Fale Conosco ou redes sociais.
Fonte: Bancários PA com UFMG
