Os bancários e bancárias da Caixa Econômica em Altamira, oeste do Pará, ainda sofrem com as péssimas condições de trabalho já denunciadas pelo Sindicato em várias reuniões com o banco. Problemas como a superlotação, poucos bancários e agências, persistem e tornam-se mais graves a cada dia. Por esses e outros motivos, a entidade apresentou novas denúncias à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Na mais recente visita da entidade ao município, vários flagrantes de desrespeito às leis trabalhistas, de segurança do trabalho e de segurança em si foram registrados. “Trinta e um funcionários distribuídos nas duas únicas agências de Altamira ainda são insuficientes para tanta demanda que só cresce a cada dia. Afinal, a Caixa é um dos bancos mais procurados pelos vários serviços oferecidos, através do Governo Federal, para a população. Queremos saber quando a Caixa resolverá os problemas em Altamira, pois não é de hoje que o Sindicato cobra soluções”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
A agência Altamira, uma das duas unidades da cidade, funciona em um prédio pequeno, mal projetado e com fiação elétrica antiga, conforme constatou o próprio Corpo de Bombeiros durante fiscalização.
Os corredores que dão acesso aos banheiros estão servindo também como almoxarifado, pois a sala destinada para depósito de equipamentos e papéis está superlotada. No espaço reservado ao atendimento dos clientes e usuários já não é mais possível circular de forma tranquila. “A população tem que ficar em pé. Se um cadeirante precisa de atendimento, o bancário tem que ir ao encontro dele, porque o corredor que dá acesso aos caixas é muito pequeno para uma cadeira de rodas; tirando a total privacidade do cliente, uma vez que todo o atendimento precisa ser feito de forma exposta”, conta o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Heider Costa.
Outro grave problema é a falta de um acesso exclusivo para o abastecimento dos caixas eletrônicos. O serviço tem que ser feito de forma arriscada, o que coloca em perigo a segurança dos bancários, clientes e usuários.
A grande demanda nas agências gera horas extras além das 2h permitidas por dia, na lei. “Porém o bancário acaba trabalhando muito mais que essas 2h e por medo de represálias acaba não fazendo o registro correto no sistema de ponto eletrônico. Infelizmente a extrapolação da jornada acaba sendo uma necessidade em virtude da grande demanda o que compromete a saúde e qualidade de vida do trabalhador”, relata o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.
Os mesmos problemas da agência Altamira se repetem na Xingu. São apenas 12 bancários e bancárias para mais de 7.000 clientes apenas na segunda unidade, o que torna urgente a contratação de mais profissionais, em especial caixas e tesoureiros, para trabalharem em turnos nas duas agências.
Além disso, é necessário a abertura de outras unidades e celeridade nas obras do novo prédio da agência Altamira. Apenas oito operários, contratados pelo proprietário do prédio, trabalham na obra; enquanto que o ideal seria mais trabalhadores recrutados por uma empresa de engenharia.
Saúde Caixa – O único estabelecimento em Altamira credenciado ao Saúde Caixa há meses não faz mais parte do plano. Para conseguir atendimento especializado, o bancário tem que pagar a consulta integral, que chega a custar mais de R$300,00; e ter menos de 10% das despesas reembolsadas pelo banco.
O Sindicato sugere que a Caixa abra uma exceção e apresente uma tabela com valores diferenciados ao plano, para desta forma conseguir o credenciamento de profissionais. Enquanto essa alternativa não acontece, a entidade também pede que o reembolso seja reajustado para os bancários e bancárias de Altamira terem acesso digno à saúde.
Fonte: Bancários PA
