Após assalto, Sindicato visita bancários do BB em São Domingos do Capim

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Depois de 168 km de estrada e uma pequena travessia de balsa, o presidente do Sindicato, Gilmar Santos, a vice-presidenta, Tatiana Oliveira, bem como as dirigentes sindicais, Vera Paoloni e Odinéa Gonçalves, desembarcaram em São Domingos do Capim, nordeste paraense, para prestar solidariedade aos bancários e bancárias do BB, assaltado na madrugada da última sexta-feira.

“Conversamos com os colegas orientando-os sobre as questões jurídicas e de saúde, que por mais que nenhum deles tenha presenciado o crime, o local de trabalho foi danificado e sem condições de trabalho, o que pode trazer apreensão, nervosismo, ou qualquer outro sintoma característico de ocorrências dessa natureza. Por isso, o melhor a ser feito é o remanejamento deles para unidades próximas, de acordo com o interesse demonstrado por cada um”, explica Gilmar Santos, que também é bancário do BB.

A agência permanece fechada para atendimento ao público, sem previsão de retorno. A tesouraria e o cofre foram os espaços mais danificados pela explosão.

“Final de ano chegando, pelos anos que acompanhamos casos de ataques a bancos, é ‘comum’ o aumento no número de ocorrências desse tipo, em contrapartida, não vemos uma ação da Secretaria de Segurança Pública (Segup) no sentido de reforçar o policiamento ostensivo próximo a instituições financeiras e ao comércio em geral, principalmente no interior. Muda governo e sai governo, mas a insegurança se repete. Seguimos aguardando a próxima reunião com a Segup que o governo ficou de agendar em breve”, dispara a diretora do Sindicato, Odinéa Lopes.

Relembre o caso

No início da madrugada de sexta-feira (1º) aproximadamente 13 homens armados explodiram a agência do Banco do Brasil em São Domingos do Capim, nordeste paraense.

Enquanto parte do bando explodia os caixas eletrônicos na área de autoatendimento da agência, outra parte fazia duas pessoas reféns em frente ao banco e outros atacavam o 34° Pelotão de Polícia Militar (34ª BPM).

Durante a fuga da quadrilha, quatro reféns, entre eles dois policiais militares, ficaram feridos. As vítimas receberam atendimento médico e já estão em casa.

Enoque dos Santos Silva, acusado de participar do assalto, foi preso na manhã de sábado (2), em Peixe-Boi, na mesma região. Segundo a Polícia Civil, Enoque teria auxiliado o resgate de membros do bando. O acusado confessou a participação no crime e revelou detalhes da atuação do grupo.

O trabalho investigativo continua para identificar os demais envolvidos no assalto.

Cronologia do medo

2012: Em dezembro de 2012, cerca de 10 homens armados tentaram assaltar a agência do Banco do Brasil. O bando se dividiu, parte dele invadiu a delegacia e deixou um policial ferido, outra parte invadiu a casa de um bancário do BB. Francivaldo Soares da Silva, de apenas 21 anos de idade e 3 meses de profissão, foi levado como refém durante a fuga da quadrilha, que teve a ação criminosa frustrada. Para se livrar dos criminosos, o bancário se jogou no rio, mesmo não sabendo andar e morreu afogado.

2013: No ano seguinte, também no mês de dezembro, uma quadrilha agiu da mesma forma que em 2012, mas sem reféns, e o crime foi consumado.

2017: No mês de novembro, a unidade foi arrombada por assaltantes. Três suspeitos foram presos na cidade de Castanhal, entre eles dois policiais militares.

 

Fonte: Bancários PA

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