CN2018: Mesa específica do Banco da Amazônia inicia com definição de calendário de debates

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Após quase dois meses da entrega da minuta específica ao Banco da Amazônia, ocorrida no dia 21 de junho, finalmente teve início as negociações específicas entre o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte com a instituição nessa Campanha Nacional 2018. O principal resultado da reunião foi a definição de um calendário de debates sobre a minuta, que ocorrerá nos próximos dia 17, às 9 horas; e 21 e 22 de agosto, às 14 horas, na matriz do banco, em Belém.

As entidades sindicais se posicionaram sobre o tempo levado pelo Banco da Amazônia para tratar da Campanha Nacional e cobraram maior compromisso por parte da instituição no debate sobre as reivindicações de seus empregados.

“Enfatizamos que essa postura não contribui para o debate das demandas dos empregados e para a construção coletiva e democrática de um novo acordo. Cobramos do Banco da Amazônia mais compromisso, celeridade e proposições que contribuíam em avanços no acordo coletivo específico dos bancários e bancárias da instituição”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

Fórmula de PLR

O Banco da Amazônia iniciou a mesa específica com um debate sobre o modelo de PLR 2018. Apesar disso, o qual mesmo estruturalmente o modelo de distribuição que já vinha sendo praticado: 9,25% do lucro dividido em 6,25% no módulo base e 3% de PLR social, sendo a distribuição de 40% linear e 60% proporcional ao salário. A novidade seriam algumas mudanças de indicadores de metas para a distribuição da PLR.

“Deixamos claro para o Banco da Amazônia que as entidades não tinham como avalizar naquele momento a proposta de PLR que estava sendo apresentada, tendo em vista que na mesa da Fenaban nós não discutimos metas atreladas à PLR, apenas cálculos de distribuição. Ou seja, reafirmamos que a categoria exige o pagamento da PLR independente das metas. Se o banco alcança lucro, nada mais justo que este seja divido com seus empregados”, pontuou a diretora do Sindicato e da executiva da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

Calendário de debates

O Banco da Amazônia listou pontos das cláusulas do acordo vigente que irá manter (5, 9, 12, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27, 28, 32, 34, 35, 47, 48, 50, 51, 53, 54, 55) e outras cláusulas que pretende rever a redação (8, 16, 22, 29, 30, 33, 36, 38, 40, 43, 44, 45, 46, 49, 52), além de inclusão de novas cláusulas (Jornada de trabalho e intervalo intrajornada, Banco de horas, Data de pagamentos, Pagamento de interinidade, Hora extra em mês subsequente, Ponto eletrônico, Atestado médico, Dispensa de função/comissão).

Dessa forma, a divisão do calendário de debates sobre o novo ACT seria a seguinte:

Dia 17 – Revisão de redação de cláusulas
Dia 20 – Plano de Saúde e revisão de cláusulas
Dia 21 – Novas cláusulas

Sinal de alerta

Apesar de o Banco da Amazônia ter sinalizado que seguirá a Fenaban sobre as cláusulas econômicas, não assumiu o compromisso de assinar o pré-acordo, para resguardas o ACT vigente até o fechamento de um novo, nem tão pouco se assinará um novo acordo coletivo, condicionando isto à autorização da Fenaban e da SEST.

“Foi uma negociação muito delicada, pois o Banco da Amazônia não deu a garantia de que a antirreforma trabalhista não irá prejudicar seus empregados pelos efeitos do fim da ultratividade. Portanto, os empregados do Banco da Amazônia devem se engajar ainda mais na luta da defesa dos direitos conquistados ao longo da história. As entidades reafirmam que não aceitarão retirada de direitos da categoria. Nenhum direito a menos!”, destacou o presidente da Fetec-CUT/CN. Cleiton dos Santos, que participou pela primeira vez da mesa específica com o Banco da Amazônia.

“Além disso, o Banco da Amazônia informou que, por determinação do governo golpista de Temer, reduziu seu quadro de empregado em mais de 10% com o programa de demissões incentivadas e que os postos fechados por PDV não serão repostos. Isso demonstra o descaso desse desgoverno com a atuação do banco na região e a total precarização das condições de trabalho dentro do Banco da Amazônia. Ou seja, os empregados e empregadas da instituição vão precisar de muita unidade, organização e muita luta para defender o fortalecimento do banco e a valorização da categoria. Vamos lutar e resistir pelos nossos direitos”, ressalta o secretário geral do Sindicato e diretor da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade.

Os trabalhadores foram representados nessa primeira rodada de negociações pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Pará Gilmar Santos e pela dirigente Suzana Gaia, que é empregada do banco; pela diretora executiva da Contraf-CUT Rosalina Amorim, pelo presidente da Fetec-CN Cleiton dos Santos e pelo dirigente da Federação, Sérgio Trindade, também empregado do banco, além do assessor jurídico do Sindicato, Fernando Galiza.

Fonte: Bancários PA

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