20 de setembro: Dia de ir às ruas defender direitos e o Brasil

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Em Belém a concentração será às 16h, na escadinha do cais do porto (Av. Pte. Vargas). A mobilização é nacional contra as privatizações de Bolsonaro e em defesa da aposentadoria, empregos, direitos e o meio ambiente.

Nesta sexta-feira (20) a CUT e demais centrais sindicais, junto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, voltarão às ruas do país no Dia Nacional de Luta Contra Reforma da Previdência, em defesa do emprego, dos direitos sociais e trabalhistas, do clima e contra a destruição do país, que vem sendo atacado pelas políticas do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Até agora, Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, só apresentaram propostas para beneficiar empresários. Para a classe trabalhadora e os mais pobres, sobram ataques aos direitos e o extermínio de políticas públicas.

O governo já anunciou um corte brutal no Minha Casa, Minha Vida, avisou que vai privatizar 17 estatais, destruindo empregos e a economia das cidades onde as empresas estão instaladas, e encaminhou a proposta de reforma da Previdência que restringe o acesso à aposentadoria e outros benefícios.

Na luta em defesa da aposentadoria, a CUT e centrais têm uma agenda de mobilização. E o dia 20, além de ser próximo da data da votação da reforma no Senado, marcada para a próxima terça-feira (24), também foi escolhido para convergir com o dia de mobilização internacional pelo Clima, organizado por uma articulação composta por diversos coletivos que debatem e promovem ações e combate às mudanças climáticas.

“A orientação para os sindicatos é de fazer assembleias, reuniões, plenárias, reuniões, encontros na parte da manhã com as categorias para debater a reforma da Previdência, os direitos trabalhistas no Brasil e também sobre o clima, o desmatamento e as questões ambientais”, afirmou o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.

Segundo ele, a ideia é colocar as pautas trabalhistas e relacioná-las com questões do meio ambiente e com os problemas sociais, como o desemprego e a retirada de direitos porque os “mesmos que exploram os trabalhadores e retiram direitos, são os que agridem o meio ambiente, que utilizam os agrotóxicos e que promovem as queimadas nas nossas florestas”.

Para Douglas, “a gente não pode desassociar uma coisa com a outra”. Segundo ele, o meio ambiente acaba impactando em todas as áreas.

“A gente teve um período de estiagem aqui em São Paulo, por exemplo, e a escassez de água impactou a produção industrial e consequentemente o trabalho e a renda”.

A mobilização contra reforma da Previdência e em defesa do clima também acontecerá em várias cidades do interior de São Paulo e em outros estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Paraíba e Pernambuco e no Distrito Federal. [veja os locais abaixo]

Para a secretária do Meio Ambiente da CUT Brasília, Vanessa Sobreira, todos serão impactados com as ações necessárias neste processo de adaptação para um modelo de baixas emissões de carbono, principalmente a classe trabalhadora e é neste sentindo também que a CUT irá para rua neste dia 20.

“É fundamental que seja garantido um conjunto de políticas desenhadas para assegurar uma transição justa com trabalho decente que ofereça oportunidades às trabalhadoras e aos trabalhadores e às comunidades impactadas, com a finalidade de que não sejam elas e eles quem paguem os maiores custos das consequências negativas ocasionadas pelas mudanças climáticas”, afirmou.

Vanessa falou também que outra pauta importante para a classe trabalhadora é a questão da luta pela soberania nacional e contra as privatizações, anunciadas pelo governo de Bolsonaro.

A dirigente disse que na plataforma da rodoviária, onde acontecerá o ato a partir das 17 horas no Distrito Federal, também terá diálogo com a sociedade sobre a reforma da Previdência e panfletagens para explicar porque somos contra as privatizações.

“As estatais são estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do país. Quando recebem o reconhecimento devido, com investimento e valorização dos seus servidores, elas apresentam índices elevados de rendimento e contribuem para fazer o país crescer. Com a privatização, esses recursos irão para o bolso das empresas privadas. Por isso, ao privatizar as empresas estatais, ganham os empresários; perdem o Brasil e o povo brasileiro”, diz trecho do documento que será distribuído em Brasília.

Os atos em defesa do meio ambiente e pelo Clima também acontecerão em outros países, além dos estados brasileiros.

 

Fonte: CUT e Bancários PA

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