34 anos da Declaração Universal dos Direitos dos Animais

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Em defesa dos direitos dos animaisNa última quinta-feira (27) se comemorou em todo o mundo o aniversário de 34 anos da Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Assim, publicamos abaixo artigo de autoria da WEEAC (World Event to End Animal Cruelty) Brasil, que nos fora enviado pelo colega do BB e ativista Flávio Oliveira, do Vegetarianos em Movimento (VEM), e que aborda o tema do Especismo.
        
Especismo é a discriminação que bilhões de seres sofrem em função exclusivamente da espécie a que pertencem. Já refletiu sobre o que significa e quais as consequências deste tipo de discriminação?

De acordo com a filósofa Sônia Felipe, “o termo especismo designa a forma discriminatória pela qual seres humanos tratam seres de outras espécies animais como se estas existissem exclusivamente para servir aos interesses daquele, os interesses e preferências dos humanos são sempre colocados como inquestionavelmente superiores e, portanto, prioritários em relação aos interesses de todos os demais animais, ainda que alguns interesses expressos dos animais sejam exatamente os mesmos ou até superiores aos dos humanos”

Em primeiro lugar, isto quer dizer que um especista (e muitas pessoas boas ainda não se deram consta disso) acredita que a vida de um membro da espécie humana, apenas por pertencer a espécie humana, tem mais peso e mais importância do que a vida de qualquer outro ser. Fomos criados de forma a não nos fazermos esse tipo de pergunta.

Mas a questão vai mais além:

Há um outro tipo de discriminação que os humanos fazem entre os animais não humanos, ao escolherem algumas espécies como mais merecedoras do direito à vida do que outros:

Um bom exemplo disso é o sentimento de indignação pela agressão e morte de um cão ou gato e o descaso com a morte diária de milhares de animais para alimentar o homem.

Cada vez mais pessoas no mundo estão parando de comer carne animal, de usar produtos de pele ou de comprar produtos que sejam testados em animais, ou de frequentar “prisões” onde animais são exibidos trancafiados em jaulas ou aquários.

A pergunta é: com base em que argumentos alguém pode decidir quem possui mais ou menos direito de viver?

Para nós, a discriminação contra qualquer indivíduo em função da espécie a que pertence é algo intolerável, assim como a sua exploração. Não importa se esse indivíduo é um animal humano ou não, se é mais ou menos bonito ou carinhoso.

Pessoas de todo o mundo começam a se dar conta de que os humanos não têm mais direito à vida que os outros animais. Os animais são seres sencientes, tal como nós: têm apego à vida, medo da morte, sentem medo, solidão e dor, tem laços de família e sentimentos.

Todas e todos nós somos seres compartilhando o mesmo direito: a VIDA.

Esta é a essência do abolicionismo.

Acreditamos que qualquer animal, seja ele humano ou não, deseja viver em liberdade, sem que nada lhe tire sua própria vida.

Todas e todos sofremos ao sermos separados de nossas famílias e esperamos que nada nos prive de nossa liberdade, não importa quais nomes sejam dados a tais prisões, também conhecidas como jaulas, zoológicos, aquários, terrários, etc.

Ninguém quer ser morto, independentemente se o crime é cometido em uma rua ou em um abatedouro, em um barco pesqueiro ou em uma indústria de pele.

Não basta amar os animais, é preciso respeitá-los e fazer o que for possível para evitar seu sofrimento e promover a sua libertação. Esta é a nossa luta, não importa se no Brasil ou no mundo, combater as injustiças, sejam elas contra um ou muitos animais.
        
A Declaração de Bruxelas de 1978

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi proclamada em Assembléia, pela UNESCO, em Bruxelas, no dia 27 de janeiro de 1978.

1 – Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 – Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção dos seres humanos.
3 – Nenhum animal deve ser maltratado.
4 – Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 – O animal que o homem ou a mulher escolher para companhia nunca deverá ser abandonado.
6 – Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 – Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 – A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os animais.
9 – Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 – Mulheres e homens devem ser educados desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

Conheça mais a respeito no Blog do Vegetarianos em Movimento: http://vegetarianosemmovimento.blogspot.com  e no site do Instituto Nina Rosa, http://www.institutoninarosa.org.br.

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