34º dia de greve no Banco da Amazônia teve ato em frente à matriz e negociação

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34 dias de greve no Banco da AmazôniaA greve no Banco da Amazônia completou 34 dias nesta terça-feira (22) e logo pela manhã, Contraf-CUT, Sindicato e Fetec-CN retomaram a mesa de negociação que começou ontem e ficou remarcada para hoje a pedido da Comissão de Negociação do banco.

Antes e durante a negociação, bancários e bancárias aguardavam do lado de fora o resultado da reunião, com motivos de sobra para não temer nenhum tipo de ameaça em relação aos dias parados: na sexta-feira passada, a justiça proibiu o Banco da Amazônia de realizar qualquer tipo de coação, obrigando o bancário a voltar para o trabalho. Além disso, o banco também está impedido de descontar os dias parados enquanto durarem as negociações, e caso algum valor já tiver sido descontado em virtude da greve, a instituição é obrigada a devolvê-lo ao trabalhador.

Em caso de descumprimento, a justiça aplicou multa diária no valor de R$ 50.000,00 por cada trabalhador que for coagido ou tiver descontos em razão da greve.

34-dias-de-greve-basa“Mais uma vez está provado que greve é um instrumento legítimo para os trabalhadores lutarem em busca de melhores salários e condições de trabalho, e quanto a isso nenhum trabalhador deve temer. Portanto convocamos todos que por algum tipo de receio resolveram trabalhar que voltem pra greve e fortaleçam o movimento; o contrário disso é dizer ao banco que o seu salário está bom e as condições de trabalho também. De ontem pra cá já tivemos alguns avanços, pois até então o banco não sinalizava sequer seguir a Fenaban; mas o que já foi apresentado até agora ainda é insuficiente para tirar o funcionalismo da greve”, reforçou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Um dos vários impasses é a lateralidade, as entidades sindicais exigem o fim da medida, enquanto o banco afirma que não abre mão dessa forma de gestão e que está apenas revendo algumas situações detectadas pela própria administração.

“Reafirmamos na mesa que somos contra a lateralidade; ou seja, não é necessário nenhum tipo de ajuste, o que precisa é a extinção da mesma e o retorno do pagamento das substituições. Só vamos sair dessa greve quando a direção do banco apresentar uma proposta digna aos seus trabalhadores. Queremos também reafirmar que não adianta interdito, ameaças de dissídio, dentre outras; nosso movimento é justo e legítimo, a própria justiça reconheceu isso”, destacou o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Cristiano Moreno.

Fonte: Bancários PA

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