Conselho da Petrobras decide nesta quarta se suspende venda de ativos da estatal

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O Conselho de Administração (CA) da Petrobras ser reunirá nesta quarta-feira (29) para tratar, entre outros assuntos, da suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da estatal que tiveram contratos pré-assinados, solicitada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), no dia 1° de março. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos estão acionando o governo para que, na qualidade de acionista majoritário da Petrobras, oriente seus representantes no conselho para que votem pela suspensão.

Entre os ativos em questão estão os polos de produção de petróleo Norte Capixaba, Golfinho e Camarupin (no Espírito Santo), Pesca e Potiguar (no Rio Grande do Norte), e Lubnor (no Ceará).

Na sexta-feira (24), a FUP e seus sindicatos realizaram uma paralisação para protestar contra a venda dos ativos. De acordo com o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, uma greve da categoria não está descartada.

“As assembleias, que começaram durante a paralisação de sexta-feira, estão aprovando o estado de greve da categoria petroleira. Ainda não houve deliberação do Conselho de Administração sobre o tema, mas haverá reunião no dia 29 [quarta-feira], quando os novos diretores executivos tomarão posse”, disse o dirigente.

Ainda na noite da sexta-feira, o atual presidente do conselho, Gileno Gurjão Barreto, havia alterado de ‘informativo’ para ‘deliberativo’ o ponto de pauta sobre o pedido de suspensão feito pelo ministério.

Venda

A proposta de privatização havia sido encaminhada ao conselho, no dia 17 de março pela Diretoria Executiva da estatal, que está em final de mandato. O argumento para retomar o processo de venda foi de que não haviam sido encontrados “fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) [caso dos polos de produção em questão]devessem ser suspensos”.

Ainda de acordo com Deyvid Bacelar, a expectativa é de que o pedido do governo, de suspensão da venda dos ativos, seja respeitado. Continuar com as privatizações é um desrespeito ao posicionamento explícito do presidente Lula, deixando claro que ‘é preciso suspender todas as vendas de ativos’”, afirmou o dirigente da FUP.

 

Fonte: FUP

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