A luta não tem hora! Domingo foi dia de o Sindicato ir à Praça da República contra o PL4330

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Deputados que votaram a favor do PL4330 foram denuncidos durante a manifestaçãoA luta contra o PL 4330 não parou, mesmo com a aprovação na Câmara dos Deputados. Para chegar até a presidenta Dilma, o texto precisa passar ainda pelo Senado. Enquanto isso, Sindicato segue sua agenda de lutas contra o Projeto da Terceirização, mobilizando os trabalhadores e trabalhadoras e agora senadores e senadoras para que não aprovem o texto.

O último domingo (26) foi dia de o Sindicato ir à Praça da República em Belém, não para passear, mas para continuar a mobilização em prol da manutenção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras que podem ser extintos com a aprovação do PL 4330.

Presidenta do Sindicato Rosalina Amorim no diálogo com a população sobre o PL4330“Atualmente, o banco não pode contratar pessoal que não seja bancário para trabalhar em sua rede de atendimento nas agências. Se esse projeto for aprovado também no Senado, a instituição financeira poderá substituir total ou parcialmente esses bancários por prestadores de serviços. O mesmo pode ocorrer com um gerente de relacionamento, que poderá ser substituído por uma empresa especializada em corretagem, por exemplo. Poderemos ter bancos sem bancários!”, alerta a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.

Mesmo sob um Sol forte, a manifestação contou com a presença de representantes de vários movimentos sociais e entidades sindicais, como a CUT-PA. “Essa luta é de todos os trabalhadores e trabalhadoras e, portanto a maior central sindical do país não pode e nem vai ficar de fora de nenhuma agenda de luta. Novas paralisações e quem sabe até uma greve geral não estão descartadas. Trabalhador unido jamais será vencido”, afirma o presidente da CUT-PA, Martinho Souza.

50 anos de manipulação – Após o ato contra o PL 4330, o Sindicato dos Bancários ocupou as avenidas Presidente Vargas e Nazaré, até a Tv. Liberal, afiliada da Rede Globo em Belém, que no domingo completou 50 anos de atuação no Brasil, período que coincide com o da Ditadura Militar (1964-1985).

Diretora Tatiana Oliveira durante a manifestação na praça da república“A Globo nasce um ano após o golpe militar de 1964, apoiou a ditadura e se fortaleceu ao longo do regime autoritário, conquistando quase o monopólio da televisão através de altas audiências. Hoje a emissora continua atacando os interesses da classe trabalhadora em favor do empresariado, que paga fortunas por um espaço em horário nobre para defender a terceirização, como fez a FIESP semana passada. A cobertura da greve dos bancários, por exemplo, sempre é desvirtuada, nossas pautas e reivindicações ficam em segundo plano, mas os banqueiros têm o tempo que quiserem para falar”, ressalta a diretora de Comunicação do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Além dessa razão, leia aqui outras 10 para descomemorar os 50 anos da Rede Globo.

1º de Maio, Dia do Trabalhador – O 1º de Maio é um dia de luta por ampliação de direitos da classe trabalhadora e de reflexão sobre os direitos conquistados por trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo.

Gilmar Santos, diretor do sindicato“O Sindicato dos Bancários estará presente nesse dia e nas ruas mais uma vez em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política. Direito não se reduz, se amplia!”, destaca o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.

Em defesa dos direitos, contra o ajuste fiscal – Continuaremos a pressão contra a aprovação do PL 4330, que retira direitos de todos/as os/as trabalhadores/as ao permitir a terceirização sem limites, em todas as funções de qualquer empresa e setor. Também continuaremos mobilizados contra a Medida Provisória (MP) 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e contra a MP 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Somos contra a política de ajuste fiscal que penaliza o/a trabalhador/a, que gera desemprego e recessão. Defendemos a taxação das grandes fortunas, como primeiro passo para uma reforma tributária em nosso País.

Diretora Heládia Carvalho no ato contra o PL4330Em defesa da democracia, contra a intolerância – Nossa luta também é pela manutenção do estado democrático de direito, contra a onda golpista em curso, que, caso vitoriosa, trará retrocessos para a classe trabalhadora, para a juventude, para as mulheres. Nossa luta é contra o preconceito de gênero, raça e etnia, crença, orientação sexual, ideologia política e outras opressões.

Diretor José Maria Costa na panfletagem de domingoCorrupção se combate com o fim do financiamento empresarial de campanha – Corrupção se resolve com reforma política, com a proibição do financiamento empresarial de campanha e não com golpe de Estado. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político brasileiro continuará a seguir os interesses das empresas que financiam as campanhas, e não aos interesses do povo brasileiro.

Em defesa da Petrobras e do pré-sal, patrimônios do povo – A Petrobras é do povo brasileiro e não dos patrões! Os ataques à empresa por parte do empresariado e seus representantes, contam com o apoio da grande imprensa e tem o objetivo de enfraquecer esse patrimônio brasileiro para que possam privatizá-lo e, assim, os recursos do Pré-Sal, que deveriam ser destinados à saúde e educação, iriam para a iniciativa privada, aumentando ainda mais os lucros dos patrões.

Dia do Trabalhador e da Trabalhadora
Data: 1º de Maio de 2015
Horário: A partir das 8h
Local: Praça do Operário – Av. Almirante Barroso, s/n – São Braz

Fonte: Bancários PA, com informações da CUT e Observatório da Imprensa

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