O Sindicato tem acompanhado de perto a situação dos trabalhadores da agência do Banco do Brasil em Marituba, Região Metropolitana de Belém.
Visitas de diretores da entidade sindical vem constatando, sistematicamente, a precariedade do trabalho bancário que, se de uma maneira geral já é notável, nas condições atuais da agência, submetem os trabalhadores as mais diversas formas de degradação. A sobrejornada de trabalho muito além das 8 horas diárias é constante na agência.
Um das stuações que pode ter agravado a extrapolação da jornada de trabalho deve-se ao fato de a administração municipal de Marituba ter sido assumida por 5 administradores em menos de 2 anos por decisão da Justiça Eleitoral, o que leva a um fluxo enorme de novas contas abertas, sendo que, em alguns dias, o expediente se estende até por volta das 21 horas.
Como agravante, a agência, uma nível 3, conta em sua dotação com apenas 1 caixa, totalizando 9 funcionários, provocando revezamentos constantes, levando a filas gigantescas e a insatisfação de parte de clientes e usuários que terminam por ofender os funcionários.
Assim, os bancários da unidade acabam se tornando vítimas de uma péssima organização de trabalho provocada pela falta de planejamento da diretoria do banco para a agência do município que mesmo tendo apenas 9 funcionários, possui aproximadamente 15 mil contas.
A extrapolação de jornada, ofensas morais, ameaças, adoecimento, aliados as políticas nefastas do cumprimento das metas na busca pelo lucro a qualquer custo; tem impactado enormemente a saúde daqueles bancários. A consequência são afastamentos freqüentes de trabalhadores por doenças ligadas à (des) organização do trabalho, fato cada vez mais comum no setor bancário.
No caso específico em Marituba, a situação já não era novidade para o banco, visto que o Sindicato já havia alertado o BB desde o ano passado de todos esses problemas, especialmente quando solicitou aumento da dotação para a dependência, mas não fomos atendidos.
No início deste mês, reiteramos o pedido ao banco através de um novo ofício e esperamos que a diretoria do BB compreenda a necessidade de rever suas formas de gestão para a agência de Marituba, bem como para todas as unidades que tem problemas semelhantes, como por exemplo, as agências Augusto Montenegro e Cidade Nova.
Finalmente, aguardamos a resposta do Banco do Brasil, pois dependendo de qual seja, a ação sindical será a altura dessa falta de respeito com o trabalhador e com a sociedade.
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO PARÁ
